Durante
quatro anos, na década de 80, o cardeal brasileiro Dom Odilo Pedro Scherer,
cotado como possível sucessor de Bento XVI ao posto máximo da Igreja Católica,
viveu em uma espécie de "república” dedicada a padres brasileiros que
decidem estudar em Roma. Companheiro de moradia do religioso, o padre de
Campinas (SP), José Antônio Trasferetti, revela os gostos e preferências do
cardeal que prefere caminhada ao futebol, era metódico nos estudos e
conservador sobre assuntos polêmicos como homossexualidade e reprodução
assistida.
“No
dia a dia, ele era muito estudioso e muito aplicado. Tinha bom relacionamento
com os colegas e praticava esporte com a gente. As peladas ele não gostava, mas
caminhava sempre”, lembra o pároco de 57 anos, que após o convívio com Dom
Odilo, de 1987 a 1991, ainda encontrou o colega em outras três ocasiões no
Brasil.
Embora
prefira não chamar de "república" o local onde vivia com os colegas
de batina, Trasferetti, que hoje é professor universitário da PUC-Campinas,
conta que a “casa grande” do colégio Pio Brasileiro reuniu grupos grandes de
padres, a maioria cursando pós-graduação em teologia ou filosofia. “Nossa
relação lá era muito boa. Ele é uma pessoa muito tranquila, muito boa,
muito amável e afável”, disse.
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