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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A AMIZADE E AS DIFERENÇAS ENTRE AS PESSOAS

Somente com o amor se reduzem as distâncias que nos separam dos outros, distâncias e diferenças que não se anulam, mas somam.


Deus cria distinguindo, separando, colocando de certa maneira uma distância entre as coisas: a luz e as trevas, a terra e o mar. As coisas começam a existir quando saem do caos, e quanto mais uma coisa é clara e definida, tanto mais existe.
Muitas consequências derivam deste princípio: a primeira é que tudo aquilo que existe tem um espelho duplo. As coisas vão de dois em dois, tudo aquilo que existe provém de um duplo original e se as coisas existem na separação é verdade que continuamente desejam voltar àquela unidade, como o sol e a lua que eternamente se seguem no céu, como Adão e Eva, que uma irresistível força empurrará sempre um ao outro, apesar de toda a guerra dos sexos.
Mas se a distância foi criada por Deus, quer dizer que é boa. Sem a distância, sem a diferença que se caracteriza como indivíduo, não existiria identidade, nem liberdade.
A criança descobre a si mesma distinguindo-se da mãe, o amor é sadio e verdadeiro quando sai do estado de fusão típico da adolescência.
Os indivíduos só são livres porque são padrões de si. Sem distâncias entre nós viveríamos em uma mistura indistinta que aboliria cada liberdade pessoal. Solidão e responsabilidade são o preço a pagar para ter identidade e liberdade.
Assim agem em nós duas forças contrastantes: uma aspiração à identidade, que cria o desejo de distinguir-me, ou seja, de separar-me; e uma aspiração à unidade, que coloca o desejo de aproximar-me e assim eliminar as diferenças.
Entre as distâncias que nos definem existem alguns lugares nossos e outros criados diretamente por Deus, sobre o qual não podemos fazer nada. Podemos chamar estas últimas as nossas dimensões existenciais.
São princípios absolutos, ou seja, deveriam ser elementares e evidentes, mas muitas vezes são esquecidos, ou negados.

O primeiro princípio de existência é: eu estou aqui. O que significa obviamente que não estou ali. Isto cria uma distância e uma separação entre aquele daqui e aquele de lá. Se eu estou aqui e você ali, significa que eu não sou você e você não sou eu, que os nossos interesses, embora possam convergir em algumas coisas, serão sempre diferentes.
O segundo princípio de existência é: eu sou agora. O que significa que não sou amanhã, nem vinte anos atrás. Cada um de nós é o fruto de uma história e cada história com base ao primeiro princípio é diferente. Podemos fingir que não a vemos, mas a nossa história nos define e nos condiciona.
O terceiro princípio de existência é: eu sou um corpo. Não sou portanto uma pura vontade, um espírito, sujeito somente à própria escolha e à própria liberdade, mas vivo em um complexo bioespiritual que me precede e me determina: sou homem, sou alto, sou robusto, etc.
Estas três dimensões nos identificam na natureza, no tempo e no espaço.
Existe depois uma quarta distância que me define e é, em certo sentido, transversal às outras três e as inclui. Poder-se-ia exprimir na simples fórmula: eu não sou Deus. É portanto a distância estabelecida entre criatura e Criador que faz de nós inevitavelmente seres dependentes. Nós não nos damos a existência sozinhos, portanto somos destinados a existir na mendicância do ser, portanto somos felizes somente se obedecemos.
Quebrar as raízes das quais viemos significa condenar-se a uma vida sem razão, nem sentido. Na verdade existem duas vias para superar esta distância e construir uma verdadeira unidade, libertadora e não constritiva, uma natural e uma sobrenatural.
A via natural é aquela da amizade
A amizade não quer abolir a distância, não finge que não existam diferenças, mas carrega o peso de um trabalho necessário para superá-la. Este trabalho não nega a distância, implicitamente a afirma e a reconhece como boa, em um esforço de preencher esta lacuna.
A dificuldade com a qual dois amigos teimosamente recomeçam continuamente uma discussão no esforço de encontrar um acordo é um bom exemplo disso: não podem resignar-se a serem divididos, nem mesmo querem se violentar, portanto refinam continuamente o próprio pensamento na desgastante busca de uma verdade comum que permita salvaguardar a unidade sem sacrificar a liberdade e a consciência de cada um.
A via sobrenatural é aquela da graça, que encontra o seu protótipo na comunhão eucarística. Quando o meu corpo se une ao Corpo de Cristo é abolida cada distância entre o meu ser e aquele de Jesus, eu me torno literalmente parte Dele.
Isso não diz somente da nossa relação com Deus, mas também o nosso relacionamento entre nós. De fato, na medida em que sou fascinado por Cristo e seduzido por Ele, posso superar cada diferença que se coloca entre nós, como escreve São Paulo: “não existem mais judeus, nem gregos, nem escravos, nem livres, nem homem, nem mulher”.
Não somos nós que cortamos a distância, mas esta foi preenchida em um momento não do nosso trabalho, mas da graça de um dom não merecido de Deus, porque no encontro com Ele experimentamos um fascínio que povoa todo o nosso ser fazendo de nós “novas criaturas”.


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

POR QUE A IGREJA PRECISA DAS MULHERES?

Uma Igreja sem as mulheres é como um Colégio apostólico sem Maria.



O papel das mulheres na Igreja é um tema muito debatido. O Papa Francisco repetiu várias vezes: é necessário encontrar “novos espaços e responsabilidades” para o “gênero” feminino. 

Nesta linha se deve colocar a medida papal que prevê o aumento do número de mulheres na Comissão Teológica Internacional. Assim revelou o cardeal Gerhard Ludwig Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, ao L'Osservatore Romano. Os “novos espaços”, porém, não são uma imitação do modelo masculino, nem podem ser entendidos como grupos feministas.

O Papa Francisco já esclareceu que o tema do sacerdócio feminino está fora de discussão. Quando a jornalista brasileira Anna Ferreira perguntou sobre este assunto, durante o vôo de retorno da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, o Papa disse expressamente que em relação à ordenação das mulheres “a Igreja diz: ‘não’. 

Disse João Paulo II, com uma formulação definitiva”. Na mesma coletiva de imprensa, o Papa Francisco tinha dito que “uma Igreja sem as mulheres é como um Colégio apostólico sem Maria. A tarefa da mulher na Igreja não é somente a maternidade, a mãe de família, mas é mais forte: é o ícone da Virgem; aquela que ajuda a Igreja a crescer”.

As 26 mulheres, amantes de padres, que no último mês de maio enviaram uma carta ao Papa, não estão em sintonia com esta indicação papal. É difícil sustentar que o pedido de abolir a tradição latina do celibato sacerdotal possa ter como “modelo” a Virgem Maria. E até o apoio delas ao crescimento da Igreja parece decididamente extravagante. Tem também outra carta que foi enviada ao Papa por algumas mulheres espanholas que são mães, irmãs e colaboradoras de sacerdotes. A carta, datada de 19 de junho de 2014, foi publicada pelo portal espanhol Infovaticana, onde se pode ler como as mulheres reivindicam firmemente a importância do celibato e da maternidade espiritual a favor dos sacerdotes e da Igreja. “Pelo bem do filho sacerdote e da Igreja, segundo o nosso modelo da Virgem Maria”, escreveram em acordo com as declarações feitas pelo Papa Francisco no avião de retorno do Rio de Janeiro.
Na carta, as espanholas dizem que a fé delas é clara, são “discípulas de Cristo crucificado, escândalo e loucura para aqueles que estão no mundo”, e a maternidade delas na Igreja “deve garantir que os nossos filhos e a Igreja não se tornem mundanos”. 

Escreveram abertamente rebatendo a carta das 26 amantes porque acreditavam firmemente na fecundidade do celibato sacerdotal, a mesma fecundidade do seu ser mulher/mãe na Igreja, para a Igreja. Não reivindicam, amam. Bento XVI, falando de Santa Catarina de Sena, lembrou como tantos queriam ser guiados espiritualmente por ela, “queriam chamá-la por mãe”, porque era capaz de orientar as pessoas a Deus, reforçar a fé e guiar a vida. Também hoje, muitos se lembram de episódios ligados a uma maternidade espiritual: uma freira, uma catequista, um livro, uma professora, maternidade espiritual muitas vezes escondida, mas decisiva. 

A história da Igreja é repleta de exemplos extraordinários de santidade feminina, destaques intelectuais e morais que souberam exercitar uma forte ascendência na vida eclesial e social. Lançaram uma presença indelével. Não reivindicavam, amavam. 

Que venham os novos nomes femininos à Comissão Teológica Internacional, para renovar o “papel” das mulheres na Igreja, é preciso antes de tudo de filhas, esposas e mães que, graças ao amor a Deus e aos irmãos, saibam reanimar o homem que não encontra paz. 

Saibamos levantar a Igreja com o gênio de quem ama, humildemente, como a Mãe. 

Todo o resto: função e responsabilidades virão por si só.

sources: LA NUOVA BUSSOLA


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

5 BEBIDAS PARA LIMPAR SEU FÍGADO NATURALMENTE

O fígado é um dos órgãos mais importantes de nosso corpo já que cumpre funções que são vitais para a nossa saúde. Este órgão é o encarregado da desintoxicação, da regulação do metabolismo, da purificação do sangue, da síntese de proteínas plasmáticas, absorção e armazenamento de vitaminas, entre outros. Existem muitos fatores e hábitos que põe em risco a saúde deste importante órgão e como consequência afeta nossa saúde a nível geral. É importante estar alerta ante qualquer moléstia hepática, já que pode se converter em algo grave e difícil de ser controlado.


A saúde do fígado pode estar em constante risco se não prestarmos a atenção necessária, já que muitos dos hábitos que temos podem ser grandes causadores da saúde ruim e de seus problemas. Hoje vamos deixar aqui 5 bebidas que irão te ajudar a limpar o fígado de maneira natural, para que você se previna de muitas doenças.

SUCO DE  MAÇÃ

A maçã é rica em fibras e contém ácido málico, um composto que ajuda a amolecer os cálculos intra biliares. Tomar o suco de maçã é ideal para limpar o fígado de uma forma natural e com isso prevenir qualquer tipo de infecção que possa te afetar.
Você vai precisar:
½ kg de maçãs
½ limão
Açúcar a gosto.
Água.

O que fazer?
Lave muito bem o quilo de maçãs e sem retirar a casca, corte em pedaços para por no liquidificador.
Adicione o suco de meio limão, açúcar a gosto e dois copos de água.
Bata muito bem todos os ingredientes e beba o suco.

Nota
Durante os dias de limpeza do fígado com suco de maçã, tente evitar o consumo de proteínas, produtos lácteos e frituras. O suco de maçã deve ser tomado durante seis dias, preferivelmente de jejum.

Chá verde

O chá verde é conhecido em âmbito mundial pelas suas propriedades e benefícios que possui para o organismo. Entre todas as suas propriedades, o chá verde está carregado de catequinas, um tipo de antioxidante vegetal que de acordo com diferentes estudos, possuem a capacidade de eliminar o acúmulo de gordura no fígado e promover a função hepática adequada.

O que fazer?
Tome infusões de chá verde, de maneira moderada. O ideal é consumir o chá em jejum, ou antes, de ir dormir. O chá verde em excesso pode apresentar efeitos secundários que afetam outras partes do nosso organismo.

Batida de toranja

Esta batida limpa o fígado, ajuda a desintoxicar o corpo e fortalece o sistema linfático. Ela não apresenta efeitos secundários, por isso pode ser consumida todos os dias sem maiores consequências para a nossa saúde.

Você vai precisar:

Duas toranjas grandes
Dois dentes de alho fresco
Um pedaço de raiz de gengibre fresco
Quatro limões
300 mL de água destilada filtrada
Uma colher ou tabletes de acidófilus
Duas colheres de azeite de oliva de primeira pressão a frio

O que fazer?

Em primeiro lugar você deve extrair o suco dos dois limões e das toranjas.
Aparte rale o gengibre e triture o alho para extrair seu suco.
No liquidificador, coloque o resto dos ingredientes e adicione os sucos, o gengibre e o alho.
Bata muito bem todos os ingredientes e consuma a batida antes de ir dormir.

Suco de mirtilos vermelhos

Os mirtilos vermelhos contêm propriedades depurativas e desintoxicantes ideais para limpar o fígado. Seu alto conteúdo em vitaminas, minerais e antioxidantes essenciais os convertem em um aliado excelente para a boa saúde, já que previnem o organismo de muitas doenças.
Você vai precisar:
Duas maçãs vermelhas grandes
Uma pera verde grande
½ xícara de mirtilos vermelhos frescos
Um caule de aipo grande
Um pepino pequeno

O que fazer?
Misture todos os ingredientes no liquidificador sem retirar a casca. Bata muito bem e logo depois consuma.
Você deve tomar o suco durante cinco dias consecutivos.

Suco de cenouras


A cenoura contém vitaminas e minerais, entre eles, a vitamina A, vitamina B, vitamina C, cálcio, fósforo e potássio. Seus compostos são depurativos e previnem o fígado de muitas infecções, já que ajudam a desintoxicar e eliminar aquelas substâncias que o corpo não precisa mais.

Você vai precisar:
½ pepino com casca
Quatro cenouras com casca
Um ramo de aipo

O que fazer?
Lave muito bem os ingredientes e corte-os em pedaços pequenos.
Bata muito bem todos os ingredientes até ter uma mistura homogênea.

Consuma seu suco de cenoura e repita seu uso durante sete dias.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

COSTUME E VIRTUDE SÃO A MESMA COISA?

O costume sozinho, mesmo sendo bom, mas desconectado de um bem superior, não melhora a nossa natureza.



Por "costume", na linguagem comum, entendemos geralmente: moda, estilo, forma de vida, possessões físicas, disposições, rotinas, usos sociais, manias etc. Trata-se de comportamentos que são adquiridos pela repetição de ações, e são tão fortes, que, na maioria das vezes, se impõem a nós, pois estamos como presos neles; poderíamos dizer que são nossa segunda natureza.

Assim, podemos ter bons costumes arraigados, como: passear, fazer exercício, ouvir música, conviver com os amigos, ler, entre outros.

Igualmente, podem estar fortemente arraigados os maus costumes, que, sendo também uma segunda natureza em certas pessoas, não são outra coisa a não ser sua própria natureza caída, e se manifestam, por exemplo, na grande dificuldade de deixar de perder tempo na televisão várias horas ao dia, beber ou comer em excesso, ser desordenado, não estudar, não levantar na hora certa etc.

Os maus costumes são fáceis de adquirir e difíceis de abandonar.

Mas existem também os costumes indiferentes, por exemplo: vestir-se de uma cor determinada, comer sempre a mesma sobremesa, usar certo perfume etc.

Nos bons costumes, podemos ir além, transformando-os em virtudes, ou seja, realizá-los com uma intenção diferentes, dando-lhe uma maior dimensão, porque descobrimos neles valores humanos pelos quais fazemos um bem a nós mesmos e aos outros.

Para isso, é preciso colocar em jogo uma maior inteligência e aprofundar em tal bem, assim como na vontade para realizá-lo. Assim, deixam de ser bons costumes cotidianos para tornar-se ações com qualidades que melhoram nossa natureza. Dessa maneira, dá-se a humanização progressiva do homem como tal, consegue-se um maior exercício da autêntica liberdade e se é melhor pessoa.

Dito de outra forma, o simples costume, mesmo sendo bom, mas desconectado de um bem superior, não melhora a nossa natureza. Ninguém é melhor pessoa pelo simples fato de usar um terno, praticar golfe, saber sobre vinhos etc.

Tampouco se é melhor apenas por ter dons ou qualidades naturais, como aptidões atléticas, beleza, inteligência, possessões materiais, ou por viver certos costumes. Mas a pessoa pode ser alguém melhor por ter mais qualidades que dependem de uma inteligência e vontade que orientam nossa liberdade para o que é bom, justo, verdadeiro, para a nossa própria dignidade e a dos nossos semelhantes.

Um exemplo: podemos praticar um esporte que nos agrada e que também nos dê a oportunidade de conviver e desenvolver novas amizades, fazer-nos o propósito de ser pontuais, ter boas conversas, interessar-nos pelos outros, ser generosos, solidários etc.

Podemos usar de todos e cada um dos nossos dons e oportunidades para sair de nós mesmos e servir os outros, buscando a maturidade e a felicidade como portas que se abrem para fora, e a chave disso é a virtude.

(Artigo publicado originalmente pela revista Ser Persona)

sources: Revista Ser Persona

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

9 ANTÍDOTOS CONTRA O RANCOR

Saiba como se livrar desse sentimento negativo que se instala em nós como um veneno.


O rancor é um sentimento que surge como resposta emocional negativa diante do que nos acontece e percebemos como ofensa, ficando em nosso interior como um veneno que se ativa cada vez mais, pois revivemos tal sentimento negativo constantemente. Daí que se use também o termo “ressentimento”.

Os antídotos são:

1. Reflexão: dispor-nos a opor a primeira barreira a esses sentimentos negativos com a disposição à objetividade, enquanto que a ofensa, sendo real, pode ser exagerada por nós ou simplesmente ser imaginária; não nos deixarmos levar por um sentimento negativo que, de cara, não controlamos racionalmente.

2. Autoconhecimento: precisamos nos conhecer, pois existem temperamentos que se prestam a guardar lembranças e sentimentos, o que é bom, sempre e quando não forem negativos e não nos afetarem tanto. Sendo assim, resta sempre o recurso da formação do caráter, do qual depende nossa vontade pessoas para não admiti-los. Trata-se de conquistar a atitude de um decidir não querer experimentar novamente as emoções negativas durante o transcurso do tempo.

3. Evitar a susceptibilidade: reconhecer que é ruim carregar o peso do “ressentir-se” por tantas circunstâncias cotidianas e pouco transcendentes, como uma crítica, uma chamada de atenção, um olhar de indiferença ou desprezo, um determinado tom de voz, uma ironia, alguma omissão dos outros, como não dar os parabéns no aniversário; alguém que não nos cumprimentou, que não nos agradeceu, que não nos convidou para algo, que não nos valoriza ou leva em consideração, que não pediu nossa opinião etc.

Tudo isso nos machuca porque estamos muito preocupados conosco mesmos. A pessoa egocêntrica se torna muito vulnerável porque dá muita importância a tudo o que se refere a ela, sobretudo quando considera algo negativo por parte dos outros.

4. Controlar a imaginação: a imaginação é útil e muito necessária controlada pela inteligência e pela vontade, para sua aplicação a realidades positivas; quando, pelo contrário, ela age sem estes controles, exagera as coisas de tal maneira que costuma provocar rancor gratuito, infundado.

5. Compreensão com os outros: se, ao analisar as ofensas recebidas, sendo elas reais e em sua justa dimensão, fazemos também um esforço por compreender a o jeito de ser do ofensor e descobrir os atenuantes da sua forma de proceder, nossa reação negativa não apenas não será reforçada, mas poderá desaparecer se adquirirmos, dessa maneira, a capacidade de enfraquecer o estímulo.

6. Vontade para conquistas que realizam: ao não alcançar o que gostaria ou o proposto, a vontade fraca influencia o entendimento, deformando a realidade e tirando o valor daquilo que não se pôde adquirir, e preferindo viver no perigo do passado, ainda que nele se encontre latente o ressentimento.

É preciso ter uma atitude correta com relação aos valores: quanto mais elevados, mais esforço em alcançá-los. Um bom presente apaga todo mau passado. Exemplos: começar novos estudos, praticar um novo esporte, fazer novos amigos etc. Trata-se de fortalecer o caráter aceitando desafios que exijam superação pessoal.

7. Aprender a ser feliz: não depender do rumo dos acontecimentos e, diante das provações, não apenas não deixar que se tornem fontes de frustração e amargura, mas ver nelas a amabilíssima vontade de Deus.

8. Ter clara a missão na vida: valorizar nossas capacidades e qualidades pessoais, limitações e defeitos, em um projeto que dê sentido à existência e que coincida com o plano de Deus sobre nós.

9. Perdoar: desculpar não é o mesmo que perdoar. Pedimos desculpas quando o ato não foi verdadeiramente intencional ou propriamente pessoal, como quando acidentalmente quebramos o vaso de flores do nosso anfitrião. Quando, pelo contrário, o ato foi livre e conscientemente agressivo, já não se trata de pedir desculpas, mas perdão.
Desculpamos o inocente e perdoamos o culpado. Portanto, é mais fácil desculpar que perdoar, e o perdão pode, em certos casos, ser extremamente difícil ou humanamente inconcebível, mas, nesse momento, precisamos reconhecer que o perdão já não é um sentimento, mas um ato da vontade, no qual se busca aderir ao plano de Deus.

É assim que as exigências do amor de Deus entre as pessoas superam a capacidade humana natural. Por isso, Jesus nos convida a uma meta que não tem limites, porque só a partir disso podemos tentar o que Ele nos pede: “Sejam misericordiosos como seu Pai celestial é misericordioso”. Na busca deste ideal, contamos com a ajuda do próprio Deus.

A vocação ao amor pelo perdão marca a liberdade dos filhos de Deus.

Jesus Cristo nos ensina a orar e a pedir confiante e insistentemente que esta graça nos seja concedida: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.


(Artigo publicado originalmente por Orfa Astorga de Lira)