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domingo, 29 de setembro de 2013

UM GRANDE ABISMO CHAMADO INDIFERENÇA


Neste XXVI domingo do tempo comum, o que a liturgia nos propõe é claramente uma continuação do tema do domingo passado sobre o não servir ao dinheiro como um ídolo.
Muitas pessoas apostam que a plenitude da vida e da felicidade se encontra na riqueza; basta olhar a correria de pessoas por empregos ou negócios que ofereçam enormes salários, e sempre insatisfeitas com o que vão conquistando. É a diabólica pedagogia, que tem dividido o nosso mundo em milhões de “lázaros”, obrigados a catar lixo, a comer sobejos que caem das mesas dos ricos, ou morrer de fome.
Uma pedagogia que, infelizmente, parece ter se transformado em religião no nosso mundo e que é uma das razões dos piores males da humanidade. Que, pelo menos, temos uma notícia boa este ano, segundo a ONU, o número de famintos crônicos diminuiu 9,6%. Em 2009, eram mais de 1,02 bilhão de pessoas que sofriam de fome crônica, a este são 925 milhões.
Ainda assim, é uma vergonha não ter se extinguido por completo a fome e a miséria num mundo cada vez mais cheio de cifras bilionárias.
O ser rico não é mais um sonho de alguns que ficavam observando a fabulosa vida que leva quem chegou a ser um “tio patinhas” da vida, mas se tornou uma verdadeira obsessão, que ameaça cancelar os verdadeiros desejos do coração, aqueles que Deus inspira e tem como sonho “amar até doar-se em plenitude”.
Infelizmente, parece que é a fábula do momento: uma fábula cultivada de tantas revistas e livros especializados em como “enriquecer juntos”, “o segredo das mentes milionárias” etc., sem por um único momento, pensar que atrás da fachada de luxo e ostentado bem estar, muitas vezes está uma tristeza que é sinal do vazio do coração. Nada pode dar a verdadeira felicidade se não o amor que se faz dom e não posses.
A estes, e a quantos querem ser como eles,  o profeta Amós faz uma forte denúncia à injustiça daqueles que levam uma vida luxuosa à custa da exploração dos pobres, sendo totalmente indiferentes ao sofrimento e miséria destes. Para eles, Amós anuncia que Deus não vai tolerar este egoísmo, reservando-lhes um final infeliz: serão deportados de seu país “na primeira fila”.
Lucas denuncia o mau uso do dinheiro por parte de alguns à custa da miséria de tantos. Na parábola do homem rico e do miserável Lázaro, Jesus descreve a vida terrena de ambos: os dois extremos da sociedade. O rico tem um estilo de vida alto, suas roupas são das grifes mais caras, elegantes e luxuosas.
Ele usa a sua riqueza para levar uma vida cheia de prazeres. O sentido da vida pra ele é o prazer das coisas materiais. O que o separa do miserável Lázaro é apenas a porta de sua casa. Ele não acolhe o pobre.
Este leva uma vida dura; não só é desprovido de bens, mas se encontra doente e desabrigado. Seu corpo não é coberto de roupas finas, mas de muitas feridas.
Ele quer matar sua fome com o sobejo da mesa do rico. Sua companhia são os cães sujos que se aproximam dele para lamber-lhe as feridas. Faminto e doente vive na sujeira das ruas.
Mas, diferentemente do rico, Jesus faz questão de lembrar o seu nome: Lázaro (Deus ajuda).
Na extrema pobreza, ele não perde a confiança, mas é convicto de que Deus o ajuda.
Morre o miserável, único instrumento de salvação do rico. Morre também o rico. A morte os torna iguais. Não há como escapar dela. E a este ponto, o destino deles se inverte completamente.
O que é descrito sobre a vida depois da morte dos protagonistas da parábola não quer ser uma descrição precisa da vida eterna; mas quer caracterizar a radical diversidade entre a vida daquele que um tempo foi rico e a do que foi pobre. Lázaro é levado para o seio de Abraão, para o banquete festivo. Quanto ao rico, dois elementos mostram como mudou a sua situação.
Ele que vivia no luxo, agora é rodeado de fogo e grandes tormentos. Ele que tinha a sua disposição comidas finas e bebidas importadas, agora implora por uma simples gota d’água. Na vida terrena, Lázaro faminto tinha lhe pedido os restos da sua mesa sem receber nada.
Agora, é o rico que pede uma gota d’água na ponta do dedo de Lázaro e não pode recebê-la. Tarde demais! O modo no qual empregou sua riqueza e consumou a sua vida o reduziu a uma condição na qual sofre dor e tormento.
O rico reconhece tanto que o modo que conduziu sua vida estava errado que queria que Lázaro fosse avisar aos seus irmãos para mudarem de vida a fim de evitar aquele trágico destino.
Mas, Abraão não permite e responde: “Eles têm Moisés e os profetas, que os escutem” Pra evitar esse destino, é necessário escutar a Palavra de Deus, pois ela mostra a vontade de Deus, a orientação para uma vida justa.
Nela, é expressa a nossa responsabilidade social com relação aos mais pobres. Mas somente seremos capazes de praticá-la se tivermos um coração bom e aberto.
O coração cego é endurecido pelo egoísmo e não se interessa por Deus nem pelo próximo.
Jesus nos convida sempre a tomar consciência dos verdadeiros problemas do mundo e a atuar num empenho cristão, que não se limita a alguma esmola, mas procura ir às causas da desigualdade, das injustiças, com obras de partilha e de solidariedade.
Quantas coisas supérfluas nós temos?
Quanto tempo da nossa vida desperdiçamos com coisas inúteis?
Quantas coisas podemos fazer pelos mais necessitados e não o fazemos?
Ele não nos condena se usarmos coisas materiais boas, o que ele denuncia é se isso significa egoísmo e indiferença para com os nossos irmãos mais necessitados.
Nota: observe bem que este texto evangélico também é um dos mais fortes na argumentação de que uma vez tendo morrido, nenhum de nós “tem permissão” de Deus para voltar a este mundo, nem que seja para dar um bom conselho a um familiar.


Fonte: Pe Carlos Henrique Jesus Nascimento

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

POPULAÇÃO DE BOTOS DIMINUI 10% AO ANO NA AMAZÔNIA. ENTREVISTA ESPECIAL COM RAFAEL ROCHA


                                              Foto: http://bit.ly/182XFYI

“Não há uma estatística oficial sobre quantos botos foram mortos em toda a Amazônia, mas um levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - Inpa indica que a população de botos cor-de-rosa está diminuindo 10% ao ano”, informa o procurador da República.

“Informações preliminares dão conta de que a matança está ocorrendo em toda a calha do Rio Solimões, de Santarém, no Pará, e Tabatinga, no Amazonas. Mas isso ainda está sendo investigado. O MPF está colhendo informações sobre os locais onde os botos estão mais vulneráveis e comunicará aos órgãos de fiscalização”, diz Rafael Rocha à IHU On-Line, ao comentar as recorrentes mortes de botos no estado do Amazonas. De acordo com ele, a denúncia é de que os botos “estariam sendo mortos para serem usados como isca para a pesca da piracatinga”.

Entretanto, “talvez essa não seja a única razão. Outras hipóteses não podem ser descartadas, até que as investigações sejam concluídas”, pondera.

Na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por e-mail, Rocha esclarece que o inquérito civil público para investigar a causa da matança foi instaurado em 2012, e conforme demonstram as investigações “não há propriamente ‘envolvidos’” no caso, “embora o autor da denúncia tenha atribuído o fato à ausência de fiscalização por parte do IBAMA”. O procurador reitera que “apenas ao fim das investigações será possível firmar uma posição oficial e imputar responsabilidades”.

Rafael Rocha é Procurador do Ministério Público Federal no Amazonas - MPF/AM e responsável pelo inquérito civil público que investiga a causa da matança dos botos.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - Quais as razões da matança de botos no Amazonas?

Rafael Rocha – O Ministério Público Federal - MPF instaurou um inquérito civil público para investigar a denúncia de que botos estariam sendo mortos para serem usados como isca para a pesca da piracatinga. Mas talvez essa não seja a única razão. Outras hipóteses não podem ser descartadas, até que as investigações sejam concluídas. Mais do que verificar se a denúncia realmente é procedente ou não, o objetivo do MPF é fazer cessar a caça ilegal de botos e identificar os principais responsáveis, para que sejam punidos.

IHU On-Line - Segundo informações da imprensa, a carne dos botos é utilizada para capturar a piracatinga. Qual é o destino desse peixe?

Rafael Rocha – A piracatinga é um peixe muito apreciado na Colômbia, onde é comercializada com o nome de "mota". Aqui no Brasil, especialmente na Região Norte, ela não é bem aceita. As pessoas evitam consumir a piracatinga por causa dos seus hábitos alimentares, que a fazem ser conhecida como "urubu d'água". Por isso, existe a ideia de que a piracatinga é um produto exclusivamente voltado para exportação, mas isso não é verdade. O que muita gente não sabe é que a piracatinga está sendo comercializada no mercado interno, só que com outros nomes, tais como "douradinha" e "piratinga", o que é ilegal, por confundir o consumidor e induzi-lo ao erro. A verdade é que o consumidor não sabe o que está comprando. É importante frisar que o Código de Defesa do Consumidor assegura que o consumidor tem o direito de ser informado sobre o produto que está comprando e que pode estar contribuindo para a matança dos botos ao adquirir certos peixes.

IHU On-Line - Quando esse processo começou e quem está envolvido nele?

Rafael Rocha – O inquérito civil público foi instaurado em 2012, com o objetivo de investigar um fato: a matança de botos no Estado do Amazonas. Não há propriamente "envolvidos", embora o autor da denúncia tenha atribuído o fato à ausência de fiscalização por parte do IBAMA. Mas é bom deixar claro que essa é uma opinião dele, não necessariamente será esse o posicionamento do Ministério Público Federal. Apenas ao fim das investigações será possível firmar uma posição oficial e imputar responsabilidades.

IHU On-Line – Quantos botos já foram mortos nos últimos anos?

Rafael Rocha – Não há uma estatística oficial sobre quantos botos foram mortos em toda a Amazônia, mas um levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - Inpa indica que a população de botos cor-de-rosa está diminuindo 10% ao ano em diversas regiões desse Estado.



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

FESTA DE SÃO FRANCISCO NO PARQUE DOURADO INSTITUIRÁ TERCEIRA PARÓQUIA DE CURRAIS NOVOS

Futura Paróquia de São Francisco


A edição 2013 da Festa de São Francisco, no bairro Parque Dourado, em Currais Novos, terá início no próximo sábado (28), e marcará a instituição da terceira paróquia do município, que atualmente conta com as de Sant’Ana e Imaculada Conceição. Com o tema “Francisco, um jeito sempre jovem de viver a Fé”, a festa se estenderá até o dia 06 de outubro e contará com uma extensa programação, com novenários, bênção dos animais, leilão, jantar comemorativo e a tradicional procissão. “Agradecemos à Deus e a todos que têm colaborado com essa obra, tornando realidade um antigo sonho dos moradores do Parque Dourado de ver erguida a Matriz de São Francisco de Assis”, disse o padre Sandoval Matias. Desde o início deste mês a Prefeitura está realizando a pavimentação da rua Rita Pereira, principal acesso para a futura matriz de São Francisco. A obra está sendo realizada com recursos próprios do município e irá beneficiar toda a população do bairro.

PAPA ALERTA CONTRA ‘PRIVATIZAÇÃO’ DA IGREJA


O papa Francisco alertou os fiéis hoje, dia 25, contra pessoas que “privatizam a Igreja para sua própria nação, para seus próprios amigos” e interesses.

“É triste encontrar uma Igreja privatizada por este egoísmo e esta falta de fé”, disse diante de cerca de 40 mil pessoas, durante a audiência geral desta quarta-feira.

O religioso destacou que a Igreja é uma, “embora seja formada por quase 3 mil” dioceses em todos os continentes e representada por “muitas línguas, culturas, rostos”.


Não existe “uma Igreja dos europeus, uma dos asiáticos, africanos ou uma dos americanos”, concluiu. (ANSA)25 de setembro de 2013 — Intenarcional

Feijão Verde - Benefícios para a Saúde


O feijão verde fortalece os ossos

A vitamina K fornecida pelo feijão verde tem 25% do valor diário de um copo que é importante para manter os ossos fortes. A vitamina K1 ajuda a prevenir a excessiva ativação dos osteoclastos, células responsáveis pela quebra do osso. Além disso, as bactérias amigáveis em nossos intestinos convertem alguns K1 em K2, que ativam a osteocalcina, a proteína não-colágeno maior nos ossos. A osteocalcina funciona como moléculas de cálcio dentro do osso.


O Feijão Verde é bom para o coração

Para aterosclerose e doença cardíaca diabética, poucos alimentos se comparam com o feijão verde no seu número de nutrientes úteis. Os feijões verdes são uma boa fonte da vitamina A, nomeadamente através da concentração de betacaroteno, e uma excelente fonte de vitamina C. Esses dois nutrientes são importantes antioxidantes que trabalham para reduzir a quantidade de radicais livres no organismo, a vitamina C como um antioxidante solúvel em água e betacaroteno como uma gordura solúvel. Este antioxidante lipossolúvel ajuda a prevenir o colesterol de tornar-se oxidado. O colesterol oxidado é capaz de se manter e construir nas paredes dos vasos sanguíneos, causando o bloqueio das artérias, provocando ataque cardíaco ou derrame. Uma alimentação abundante de  betacaroteno e vitamina C pode ajudar a prevenir essas complicações, e uma xícara de feijão verde irá fornecer-lhe 16,6% do valor diário de vitamina A, juntamente com 20,2% do valor diário de vitamina C.
Os feijões verdes são também uma boa fonte de fibra, uma boa fonte de muito potássio e ácido fólico, e uma boa fonte de magnésio e riboflavina. Cada um desses nutrientes desempenha um papel cardioprotetor significativo.


O Feijão verde promove a saúde do colon

O feijão verde pode também ajudar a prevenir câncer de cólon. A vitamina C e o betacaroteno dos feijões verdes ajudam a proteger as células do cólon dos efeitos prejudiciais dos radicais livres. O folato presente no feijão verde ajuda a evitar danos ao ADN e mutações em células do cólon, mesmo quando eles são expostos a substâncias cancerígenas. Estudos mostram que as pessoas que comem alimentos ricos em vitamina C, betacaroteno e/ou ácido fólico têm um risco muito menor de desenvolver câncer de cólon do que aquelas que não o fazem.

A fibra de feijão verde "pode ajudar a prevenir o cancro do cólon, bem como tem a capacidade de ligar-se a toxinas causadoras de câncer, removendo-os do corpo antes que possam danificar as células do cólon”.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

“DIANTE DA CRISE, NÃO FAÇAMOS COMO PÔNCIO PILATOS”, AFIRMA FRANCISCO



                                                                   Foto: Ansa - L'Osservatore Romano

Em três fotos divulgadas ontem, 23-09-2013, pela Sala de Imprensa do Osservatore Romano, Papa Francisco com o capacete que recebeu de presente dos mineradores em Cagliari, Sardenha, durante o seu encontro, domingo, com os trabalhadores.

“Não há futuro para nenhum país, para nenhuma sociedade, para nosso mundo, caso não sejamos todos mais solidários”. Solidariedade, pois, como elemento indispensável para fazer história, como esfera vital em que os conflitos, as tensões, inclusive os mundos opostos atingem uma harmonia que gera vida. “Não deixem que se roube a esperança e sigam adiante”. Para seguir Jesus até as “periferias existenciais”, Francisco abraçou mais uma vez os pobres e presos, em Cagliari: “Sinto-me em casa entre vocês”. Em seguida, disse que a “catedral” é, “como dizemos na América Latina, ‘sua casa’, esta é sua casa; todos somos irmãos”. E acrescentou: “Jesus não foi indeciso, não foi indiferente, tomou uma decisão e a levou adiante até as profundezas: decidiu fazer-se homem e, como homem, fazer-se servo, até a morte na Cruz”.

A reportagem é de Giacomo Galeazzi, publicada no sítio Vatican Insider, 22-09-2013 . A tradução é do Cepat.

A caridade, explicou Bergoglio no encontro com os pobres e presos, não é assistencialismo, é uma opção de vida, é uma forma de ser, de viver, é o caminho da humildade e da solidariedade. “A humildade de Cristo não é moralismo ou um sentimento, a humildade de Cristo é real, é a escolha de ser pequenos, de estar com os pequenos, com os excluídos, de estar entre nós. E não é ideologia! É uma forma de ser e de viver que parte do amor, que parte do coração de Deus. Jesus não veio ao mundo para construir uma passarela, para que o vissem. Jesus é o caminho, e um caminho serve para caminhar, para percorrer. Agradeçamos ao Senhor pelo compromisso ao segui-lo, inclusive, na fadiga, no sofrimento, entre as paredes de um cárcere”.

Contudo, não podemos seguir Jesus pelo caminho da caridade, caso, antes de qualquer coisa, não nos aceitamos, não nos esforçamos para colaborar, para compreender-nos reciprocamente e para nos perdoar, reconhecendo cada um os próprios limites e os próprios erros”. Por isso, devemos fazer as obras de misericórdia com misericórdia, as obras de caridade com caridade, com ternura e sempre com humildade”.

No entanto, “às vezes, agimos com arrogância no serviço aos pobres, alguns instrumentalizam os pobres por interesses pessoais ou do próprio grupo”. Isto é humano, mas não está certo. “Isto é pecado, seria melhor que ficassem em casa”. Além disso, “a sociedade italiana, hoje, necessita de muita esperança e Sardenha especialmente”. Então, “aqueles que possuem responsabilidades políticas e civis precisam fazer o próprio dever, é preciso apoiar, como cidadãos, de maneira ativa”. Alguns membros da comunidade cristã foram chamados para se comprometer neste campo da política, que é uma “forma de caridade”, como dizia Paulo VI. Por isso, “como Igreja, todos temos uma forte responsabilidade, que é a de semear a esperança com obras de solidariedade, tratando de colaborar com as instituições públicas para que sejam respeitadas as respectivas competências”. Antes do Angelus, o Pontífice havia recordado o forte vínculo de Sardenha: “Sejam sempre verdadeiros filhos de Maria e da Igreja, e demonstrem isto em sua vida, seguindo o exemplo dos santos como fez o frei capuchinho Tommaso Acerbis da Olera.

Depois, na aula magna da Pontifícia Faculdade Teológica de Cagliari, Francisco se reuniu com o mundo acadêmico e da cultura. A crise, afirmou o Papa, “pode se tornar um momento de purificação, um momento para repensar nossos modelos econômico-sociais e certa concepção de progresso que alimentou ilusões, para recuperar o humano em todas as suas dimensões”. O discernimento não é cego, nem improvisado: realiza-se com base em critérios éticos e espirituais, implica em se indagar sobre o que é bom. E não se pode considerar nunca a pessoa como “material humano”. Fazer discernimento é não fugir, mas ler seriamente, sem preconceitos, a realidade.

A cultura do diálogo não nivela indiscriminadamente diferenças e pluralismos (“um dos perigos da globalização”) e nem sequer os tornam motivos de enfrentamento, mas abre o caminho à confrontação construtiva. “Isto significa compreender e dar valor às riquezas do outro, considerando-o não com indiferença ou com temor, mas como fator de crescimento”, enfatizou Bergoglio. Por isso, “não tenham medo do encontro, do diálogo, da confrontação em todos os níveis”. E “não tenham medo de se abrir, inclusive aos horizontes da transcendência, ao encontro com Cristo ou em aprofundar a relação com Cristo”. A fé nunca reduz o espaço da razão, mas o abre para uma visão integral do homem e da realidade, e faz um reparo frente ao perigo de reduzir o homem a mero “material humano”.

A palavra solidariedade não pertence apenas ao vocabulário cristão, é uma palavra fundamental do vocabulário humano. O discernimento da realidade, num momento de crise, a promoção de uma cultura do encontro e do diálogo, dirigido para a solidariedade, são um elemento fundamental para “uma renovação de nossas sociedades”. Inclusive, entre aqueles que “não acreditam”, Bergoglio propõe uma “solidariedade não dita, mas vivida”, porque as relações devem passar do considerar o outro como um “número” a considerá-lo como uma pessoa. “A preparação dos candidatos ao sacerdócio continua sendo um objetivo primordial, mas também a formação dos leigos é muito importante – afirmou Bergoglio. Não quero dar uma lição acadêmica, limito-me a destacar uma desilusão, a desilusão em razão de uma crise econômico-financeira, mas também ecológica, educativa e moral. É uma crise que tem a ver com o presente e o futuro histórico da existência do homem nesta nossa civilização ocidental, e que acaba envolvendo o mundo inteiro. Ao menos nos últimos quatro séculos, as certezas fundamentais que constituem a vida dos seres humanos não se viram tão abaladas como em nossa época”.

Frente à crise não pode imperar a resignação, o pessimismo para qualquer possibilidade de melhorar. É um gravíssimo erro não se envolver na dinâmica atual da história, denunciando somente os aspectos negativos, a partir de uma mentalidade semelhante àquele movimento espiritual teológico do século II depois de Cristo, que foi chamado “apocalíptico”. Esta concepção pessimista da liberdade humana e dos processos históricos leva a uma espécie de paralisia da inteligência e da vontade. “A desilusão leva a uma espécie de fuga, a buscar ilhas ou momentos de trégua – apontou o Pontífice. É algo parecido à atitude de Pilatos, de lavar as mãos. Uma atitude que parece pragmática, mas que ignora o grito de justiça, de humanidade e de responsabilidade social e leva ao individualismo, à hipocrisia, quando não a uma espécie de cinismo”.


Francisco propõe, pois, uma educação “integral da pessoa”. As leituras ideológicas ou parciais não servem, alimentam apenas a ilusão e a desilusão. É necessário “ler a realidade, mas também viver esta realidade sem medos, sem fugas e sem catastrofismos”. A crise atual é “uma passagem, um trabalho de parto que implica fadigas, dificuldades, sofrimentos, mas que leva em si o horizonte da vida e de uma renovação”

PAINEL DA ONU CONFIRMA EFEITOS ALARMANTES DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS






O Painel Intergovernamental sobre MudançaClimáticas(IPCC,
na sigla em inglês) iniciou nesta segunda-feira (23) uma conferência em Estocolmo, na Suécia, confirmando as alarmantes consequências das mudanças climáticas.

A reportagem é da agência AFP e reproduzida pelo portal Globo Natureza, 23-09-2013.

"As provas científicas das (...) mudanças climáticas se reforçaram a cada ano, deixando pouca incerteza, salvo sobre suas graves consequências", declarou o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, durante a abertura do evento.

O IPCC, que ganhou o prêmio Nobel da Paz em 2007, revelará nesta sexta-feira (27), após quatro dias de debates, o primeiro volume de um relatório completo sobre as mudanças climáticas, suas consequências e os meios para combater o problema, confirmou Pachauri.

Este será o quinto relatório do painel da ONU – que reúne milhares de cientistas – desde sua criação, em 1988. Segundo uma versão provisória do texto obtida pela AFP, o relatório confirmará a responsabilidade do ser humano no aquecimento da Terra e apontará a intensificação de alguns eventos extremos.

Os delegados – cientistas e representantes de governos – divulgarão o documento depois de examinar as novas evidências das mudanças climáticas e suas consequências. O presidente do painel lembrou que o objetivo da reunião é validar a primeira parte do relatório sobre o aquecimento global, que deixará em evidência a responsabilidade do homem e a grave situação que o planeta enfrenta.

Pachauri ressaltou que o texto será aprovado "linha por linha" antes do fim da reunião em Estocolmo. O relatório, que conta com a colaboração de 520 autores, também ressaltará a intensificação de alguns fenômenos extremos, entre eles o aumento do nível do mar, segundo a versão do documento obtida pela AFP.

O texto destacará, ainda, a urgência de tomar medidas para poder conter o aquecimento da Terra em 2° C, objetivo adotado por 195 países, mas que parece cada vez mais distante, segundo cientistas.

Pachauri prometeu que o diagnóstico contido no informe será inquestionável. "Não conheço um documento que tenha sido submetido a esse tipo de análise minuciosa e que tenha envolvido tantas pessoas com espírito crítico, que ofereceram sua perspicácia e seus conselhos", afirmou o co-presidente do grupo de trabalho que assinou o documento, Thomas Stocker.

O relatório "se baseou em milhares de medições na atmosfera, na terra, no gelo, no espaço", afirmou o cientista suíço, que é professor da Universidade de Berna. Ele ressaltou que essas medidas permitem ter uma visão sem precedentes e imparcial do estado do sistema climático. "A mudança climática é um dos grandes desafios de nossa época", disse o especialista, destacando que "essa mudança ameaça nossos recursos primários, a terra e a água".

"E como ameaça nossa única residência, devemos enfrentá-la", ressaltou o especialista, acrescentando que isso exige "as melhores informações para tomar as medidas mais eficazes".

O último IPCC, de 2007, gerou uma mobilização sem precedentes a respeito do clima, o que lhe rendeu a atribuição do prêmio Nobel da Paz, ao lado do ex-vice-presidente americano Al Gore.



EM DEFESA DO HOSPITAL PE. JOÃO MARIA


Na tarde e início de noite desta segunda-feira (23), os conselheiros do Hospital Padre João Maria se reuniram em Assembleia Extraordinária.



Em pauta, o comunicado do secretário estadual de saúde, prevendo que a partir de janeiro o Padre João Maria não poderia mais atender a planos de saúde e particulares, no mesmo prédio onde funciona o hospital regional Dr. Mariano Coelho.

O presidente do HPJM, Hênio Othon falou da importância da entidade, que completou 70 anos com 40 deles funcionando junto ao hospital.


Salientou que 80% dos equipamentos e mobiliário do hospital pertencem ao Padre João Maria, que também arca com custeio e serviços.

O presidente disse do apoio que o hospital tem recebido de várias entidades da sociedade curraisnovense, dizendo acreditar que se chegue a um consenso.

O vice-presidente Medeiros também se pronunciou.


Na ocasião, vários conselheiros se manifestaram, sempre ressaltando a importância do Padre João Maria para Currais Novos e região.




                                                              Legalidade

O advogado da entidade, Dr. José Maria Rodrigues Bezerra frisou a importância do diálogo para que o hospital continue a prestar os seus serviços, mas deixou claro que “é possível sim à parceria Publico Privada, o que está previsto na legislação”, disse, ressaltando que se necessário, irá até a Justiça para garantir o direito do HPJM de continuar a prestar os seus serviços.


 Apoio

O Venerável da Loja Maçônica de Currais Novos, Tarcísio José dos Santos ratificou o apoio da entidade ao trabalho do Hospital Padre João Maria.


Fonte: Vlaudey Liberato

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

HOJE NOSSA HOMENAGEM VAI PARA A QUERIDA AMIGA MARIA JOSÉ, UM PESSOA DEVERAS ESPECIAL...

As pessoas e o perfume

Entram  na vida da gente e deixam aromas de perfumes.
O vento do final de tarde, transporta a ternura dos gestos...
Em cada novo dia, vislumbra-se as pessoas que estão ao nosso lado.
Sinta...
Há um suave perfume no ar,
É uma presença amiga, é uma magia,
É o perfume das flores que hoje  cercam-te.
Você amiga, foi  esculpida para:
Ser amada p or Deus, por seus pais, irmãos,                      
Esposo, filhos  e os amigos....
Exala o perfume da magia da primavera...
Pessoas e perfume são como você.
Valeu por exalar na minha vida,
O aroma do  entusiasmo, da alegria, da esperança.
Obrigada pelo perfume que é você!

Feliz aniversário,  Hilda Pereira


sábado, 21 de setembro de 2013

O SENHOR ENSINOU


O Senhor...
Estava a orar
E conforme o lugar...
Alguém assim falou
Senhor!
Ensina-me a rezar!

E o Senhor falou
O Pai já conhece
Em nossa prece,
Deveis falar, rogar, pedir...
Rezar sem medo,
Pedir em segredo,
Vais conseguir!

O Senhor mostrou
O grande valor
Na prece de amor...
O Senhor ensinou...
Perdão, Oração,
Comunhão!


Autoria: Hilda Pereira

Soneto do amor total


Amo-te tanto, meu amor... Não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade.
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

                                                        Vinicius de Morais

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

NÃO PODEMOS SEGUIR INSISTINDO SOMENTE EM QUESTÕES REFERENTES AO ABORTO, AO CASAMENTO HOMOSSEXUAL OU USO DE ANTICONCEPCIONAIS.



O Papa Francisco concedeu uma entrevista, de aproximadamente seis horas, dividia em três dias, para Antonio Spadaro (na foto acima), padre jesuíta, diretor da revista Civiltà Cattolica. Ele entrevistou o Papa, representando o conjunto de 15 revistas dirigidas por jesuítas. Trata-se de revistas centenárias, como a própria Civiltà (Itália), Razón y Fe (Espanha), America (EUA), Études (França), Stimmen der Zeit (Alemanha), Thinking Faith (Grã-Bretanha), Mensaje (Chile).

A integra da entrevista publicada em, 19-09-2013, por este conjunto de revistas. 

A IHU On-Line selecionou algumas frases do Papa Francisco proferidas durante a entrevista.

- “Não podemos reduzir o seio da Igreja universal a um ninho protetor da nossa mediocridade.”

- “Vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha. Não tem sentido perguntar a um ferido se seu colesterol é alto ou o açúcar. É preciso curar as feridas. Depois falaremos do resto. Curar feridas, curar feridas... E é preciso começar pelo mais elementar”.

- “O povo de Deus necessita de pastores e não funcionários ‘clérigos de gabinete”

- “A religião tem o direito de expressar suas próprias opiniões a serviço das pessoas, mas Deus na criação nos fez livre: não é possível uma ingerência espiritual na vida pessoal”

- "Fui repreendido por isso (por não falar sobre aborto e contracepção). Mas, quando falamos sobre essas questões, temos que fazê-lo em um contexto. O ensinamento da igreja quanto a isso é claro, e eu sou um filho da igreja, mas não é necessário falar sobre esses assuntos o tempo inteiro".

- “Uma vez uma pessoa, para me provocar, me perguntou se eu aprovava a homossexualidade. Eu então lhe respondi com outra pergunta: “Diga-me, Deus, quando olha para uma pessoa homossexual, aprova a sua existência com afeto ou a rechaça e a condena”?” Sempre é preciso ter em conta a pessoa. E aqui entramos no mistério do ser humano. Nesta vida, Deus acompanha as pessoas e é nosso dever acompanhá-las a partir de sua condição. É preciso acompanhar com misericórdia. Quando isto acontece, o Espírito Santo inspira ao sacerdote a palavra oportuna”.

- “Não podemos seguir insistindo somente em questões referentes ao aborto, ao casamento homossexual ou uso de anticoncepcionais. É impossível.”
- “Se alguém tem respostas para todas as perguntas, estamos ante uma prova de que Deus não está com ele. Trata-se de um falso profeta que usa a religião para o seu próprio bem. Os grandes guias do povo de Deus, como Moisés, sempre deram espaço para a dúvida.”

- “Um cristão restauracionista, legalista, que quer tudo claro e seguro, não vai encontrar nada. A tradição e a memória do passado têm que nos ajudar a abrir espaços novos a Deus. Aquele que busca sempre soluções disciplinares, o que tende a “segurança” doutrinal de modo exagerado, o que busca obstinadamente recuperar o passado perdido, possui uma visão estática e involutiva. E assim a fé se converte numa ideologia entre outras. Para mim, tenho uma certeza dogmática: Deus está na vida de cada pessoa. Deus está na vida de cada um”

- “Em música amo Mozart, obviamente. Aquele “Et incarnatus est” de sua Missa em Dó é insuperável: te leva a Deus! Me encanta Mozart interpretado por Clara Haskil”

- “Mozart me preenche: não posso pensá-lo, preciso senti-lo.”

- “Beethoven gosto de escutar, mas prometeicamente.”


- “Gosto das Paixões de Bach. A passagem de Bach que mais gosto é o Erbarme Dich, o choro de Pedro da Paixão segundo Mateus. Sublime.”

FONTE: www.ihu.unisino...



A GÊNESE POÉTICA


Para que cantarei nas montanhas, nos vales, nos montes, sem eco.
As minhas louvações? As minhas canções?
A tristeza de não poder atingir o infinito
Embargará minha voz, as lágrimas a toldará meus olhos.
Ah!  Entoarei um salmo harmonioso, de que valerá?
Se  tenho na alma um  brado profundo.

Não terei uma voz clara como a voz das crianças
Minha voz tem as inflexões dos brados de martírio,
De angústia, de saudade,
Enrouquecida  no desespero  ...                                                 
Para que cantarei?
Se em vez de cânticos belos, suaves e serenos.
A solidão escutará gemidos, ais e lamentos?

Antes ir pelas montanhas sem caminho, sem trilhas.
Melhor calar uma voz fraca.
Sei, melhor abafar as louvações no peito
Seguir vazia pelos  cantos da vida.
Pelos os  caminho, pelo silêncio
Um silêncio que caminha ...


Readaptação: Hilda Pereira

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O SANTO PADRE, O PAPA FRANCISCO, NOMEIA D. CLAUDIO HUMMES PARA REPRESENTÁ-LO EM ASSUNÇÃO-PARAGUAI


O Santo Padre nomeou o prefeito emérito da Congregação para o Clero, cardeal brasileiro Cláudio Hummes, como seu enviado especial às celebrações conclusivas do 25º aniversário da canonização de São Roque González de Santa Cruz e dos Companheiros mártires, que serão realizadas em Assunção, no Paraguai, em 15 de novembro de 2013.


São Roque e seus companheiros foram alguns dos primeiros mártires sul-americanos. Foram assassinados pelos índios em 1628 e canonizados pelo papa João Paulo II. Roque González nasceu em Assunção, Paraguai, em 1576.

domingo, 15 de setembro de 2013

UMA HOMENAGEM ESPECIAL AO MEU QUERIDO IRMÃO FRANCISCO PEREIRA...


Meu irmão,

Hoje é o dia do seu aniversário. Não importa se faz sol, se faz frio lá fora ou se as flores esqueceram-se de nascer. Se o mundo se convulsiona em crises ou se muitos gozam o luxo enquanto outros vivem a miséria.

O mais importante para mim agora é falar de amor, de carinho, de um tempo de festa, onde não existe mágoa e nem tristezas em nossos corações. Falar do amor que sinto por você; deste afeto que você faz por merecer.

Deus, como sempre, é maravilhoso, ele nos dá amor refletido em várias formas de expressão, e é este o amor fraternal que nos conduz, aquece minha vida e me faz hoje dizer, parabéns meu irmão.

Continue assim, um irmão maravilhoso, um sensacional amigo, um companheiro e uma pessoa que faz a todos, que vivem a sua volta, se orgulhar em ser seu amigo, seu irmão, seus filhos, sua neta, seu genro e sua esposa.

Todos nós te amamos.


Parabéns!!!

DE CORAÇÃO ABERTO O PAI ACOLHE OS QUE QUEREM VOLTAR AO SEU CONVÍVIO!



Numa sociedade preconceituosa, que não enxerga a “pessoa”, somente as suas falhas, são muitos os excluídos do convívio social e até mesmo religioso!  Irmãos nossos, que às vezes só precisam sentir-se amados, para mudar de vida! 
É compromisso cristão, trazer de volta ao convívio do Pai, àqueles que se perderam pelos caminhos da vida!  É acolhendo estes irmãos, que os recolocamos no caminho da felicidade plena!
Deus não desiste de sua criação, para Ele, não existe caminho sem volta, e nem  ponto final para  uma história de amor!
Hoje se observarmos atentamente o Evangelho, veremos que Jesus nos pede para que sejamos misericordiosos para com aqueles  que se enveredaram  por caminhos contrários, mas que desejam voltar, que acolhamos estes irmãos  e  nos  alegremos com a sua volta à vida, o que não  significa concordar com os seus erros e sim, acreditar que uma pessoa criada à imagem e semelhança de  Deus pode  mudar de vida!
Você já pensou na grandiosidade do coração do Pai?  Um coração misericordioso que vê o “homem” e não o seu pecado!?
Então os fariseus e os doutores da lei, criticavam Jesus por acolher os pecadores, como se eles não fossem também pecadores.  Em resposta a estas criticas, Jesus conta-lhes três parábolas.  A primeira e a segunda parábola, é como se fossem gêmeas, pois expressam a alegria de quem encontra a preciosidade que havia perdido!
A parábola da ovelha perdida, nos fala da alegria do pastor ao reencontrar a ovelha que havia extraviado  do seu rebanho, simbolizando a alegria de Deus Pai, quando recebe um filho de volta!
Assim como a primeira, a segunda parábola nos fala também da alegria de uma mulher que encontra algo que havia perdido, e que era de vital importância para sua sobrevivência: uma moeda de prata!
E o que nos apresenta na terceira parábola?
Esta é bem mais profunda e rica em detalhes! Nela, percebe-se que há um  confronto entre  a lógica dos homens e a lógica de Deus! É a parábola  do filho pródigo, que deveria se chamar: “Parábola do pai misericordioso!”


O que nos mostra a história?
A história nos mostra  com detalhes, a atitude de um pai, diante da conduta e da  ingratidão do filho mais novo e a dureza de coração do filho mais velho.
Observe-se, que a partir do momento em que o filho mais novo manifesta o  desejo de sair de casa,  o pai não interfere, deixa o filho partir, o que vem nos dizer, que Deus também é assim, Ele não interfere em nossas decisões, nos deixa livres para fazermos  as nossas escolhas!
Observe-se também, a repreensão do pai, ao filho mais velho, que  sentiu-se injustiçado diante ao acolhimento caloroso oferecido ao irmão mais novo que desperdiçou os bens herdados do pai, o que vem nos falar da dureza de coração, de quem não  se abre ao amor misericordioso!
Na história, podemos perceber ainda, a paciência de um Pai que não desiste do filho, que espera por ele, dia pós dia, com os olhos fixos no caminho! É assim que o nosso Pai do céu espera por nós: dia pós dia! 
Com estas parábolas, Jesus, além de nos despertar sobre importância do acolhimento a aqueles que desviaram do caminho de Deus, nos tranquiliza, quando estes, somos nós, nos assegurando de que todos nós podemos voltar ao convívio do Pai!
As parábolas são também um convite, tanto à nossa conversão, quanto a sermos  caminho de conversão para o outro!
É importante termos  consciência de que nós, somos tão pecadores, quanto àqueles que aos nossos olhos se afastaram  ou se afastam de  Deus.
A parábola tem como foco, o amor incondicional do Pai para com os seus filhos!  Deus é um Pai solícito, amoroso, que está sempre pronto para nos perdoar e nos acolher de volta, esquecendo todo o nosso passado pecador. O que vale para Deus é o que somos a partir da nossa conversão, o passado, para Deus não conta.
Sabemos que são muitos os que estão sobre a terra, mas que se sentem soterrados por  não encontrarem motivação para se reerguerem. E quantos de nós, que dizemos  seguidores de Jesus, nos comportamos igual aos fariseus,  ao invés  de ajudar  estes irmãos a se reerguerem,  contribuímos para que eles  se percam ainda mais, com o nosso desamor!
Tenhamos um coração misericordioso, semelhante ao coração do Pai, um coração aberto ao amor, ao acolhimento a aqueles que desejam voltar à vida!
O amor tem uma força irresistível, é caminho que traz de volta àquele que dispersou! Sejamos, pois, a força deste amor na vida do outro, pois,  é sendo amada, que uma pessoa aprende a amar!