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quinta-feira, 7 de junho de 2012

ORIGEM DO DIA DE CORPUS CHRISTI



A origem da festa do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XIII. A Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do “Cristo todo” no pão consagrado. As pessoas começaram a duvidar que Cristo estivesse todo na Hóstia. A Festa foi instituída pelo Papa Urbano IV em 11 de agosto de 1264. A religiosa agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, dizia que era necessário uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico. A Eucaristia não é um santo a mais, mas é um mistério de nossa fé. Não é separada da obra de nossa salvação operada por Cristo e é celebrada no Tríduo Pascal. Celebramos sua Presença nos símbolos Eucarísticos do Pão e do Vinho. A Hóstia e o Vinho consagrados são o Corpo e Sangue de Cristo. Mas cada elemento, pão e vinho, é o Senhor Jesus todo inteiro. Ligados à festa da Páscoa, enriquecemos a devoção eucarística com a dimensão mais ampla aprendida nas Sagradas Escrituras com as muitas passagens em que vemos a profecia deste mistério. O dom do maná no deserto nos ensina qual pão que Deus providencia para nosso alimento.. Nossa parte, cabe-nos buscar o Pão da Palavra de Deus que nos sustenta. Jesus diz que Ele é esse pão que sustenta e dá vida eterna porque Ele é a Palavra. O povo no deserto não morreu de fome porque Deus o alimentou. Jesus nos dá sua Carne e seu Sangue como alimento para nossa fome de Deus. Trata-se de uma presença real e não é um símbolo vazio. O alimento é presença de Cristo. Paulo VI fala das muitas presenças de Cristo, salientando que esta é real por excelência, porque substancial (Mysterium Eucharisticum – 15). Por isso fazemos festa, levamos pelas ruas, fazemos belos altares para não perder de vista a presença e a vida que dela brota. Não podemos perder de vista a finalidade: Cristo adorado, amado, festejado.
Mesa posta
É fundamental para a compreensão da Eucaristia a noção de refeição. Salientou-se muito o aspecto sacrifício para redenção e se perdeu muito a força que Jesus quis dar para este memorial que nos deixou: alimento partilhado para tornar presente o mistério da salvação. “O pão que eu darei é minha carne para a vida do mundo” (Jo  6,51). O Corpo partido na Cruz, como que repartido para dar a vida aos filhos de Deus, está presente no pão repartido e partilhado da Ceia. É um único mistério. O pão pode parecer matéria morta, mas a Ressurreição lhe dá Vida, como deu ao Corpo de Cristo crucificado e sepultado. A Eucaristia é uma refeição memorial, como aprendemos da Páscoa do Antigo Testamento, assumida por Jesus para nos fazer participar da vida que nos deu com seu Mistério Pascal.
Em comunhão Cristo é o alimento e a bebida, pois Se deu a nós na cruz. Para dar-nos os frutos da redenção dá-nos seu Corpo e seu Sangue como comida e bebida. Assim entramos em comunhão com a redenção, unidos a seu Corpo e Sangue. Jesus é alimento. Ele é o remédio para nossos males e não só prêmio para as almas puras. Por isso nós O adoramos presente na Hóstia Sagrada, guardado em nossos Sacrários e levados pelas ruas. Um Deus de tanto amor tem que ser amado. Pela comunhão já temos a vida eterna pois Cristo é vida em nós. Quem comer deste pão, vivera eternamente (Jo 6,58). Jesus permanece em nós, quando comungamos. Cantamos: “Sacrários vivos da Eucaristia”. Depois da Comunhão levamos Jesus conosco. É dentro de nós que o encontramos. Como mudaria nossa vida, se assumíssemos esta presença magnífica dentro de nós, numa só carne com Ele.

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