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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

"A Ratoeira", (autor desconhecido)


                            

       Certa vez um rato olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e a sua esposa abrindo um pacote. Muito guloso, logo pensou que se tratava de comida. Ao enxergar o objeto, logo percebeu a armadilha. Era uma enorme ratoeira.
      Desesperado, saiu pela fazenda advertindo a todos sobre o perigo que rondava na casa. Ninguém lhe deu ouvidos.
A Galinha argumentou que aquilo não há incomodava.
O Porco resmungou dizendo, que o máximo que poderia fazer eram algumas preces.
A Vaca ironizou, pois não se sentia ameaçada por aquele aparelho insignificante. O Rato muito triste voltou para casa, cabisbaixo.
      Naquela noite ouviu-se um barulho, como a de uma ratoeira pegando a sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o acontecido. No escuro não viu que a ratoeira tinha prensado a cauda de uma serpente venenosa. A cobra encurralada pela ratoeira, com muita dor e possessa pela raiva, com muita gana picou a mulher...
     O Fazendeiro levou-a para o hospital, mas de lá voltou fraca e com muita febre. Assim, mandou sacrificar a Galinha para fazer uma canja, mas a doença da sua esposa persistia. Diariamente os amigos e vizinhos vinham visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o Porco. A cada dia pior, a mulher acabou morrendo e muita gente veio ao funeral. Então sacrificaram a vaca, para alimentar aquele povo.
      Associando o artigo com a estória da Ratoeira, retiram-se muitas questões para analisar, problematizar e refletir. Na sociedade existem muitas armadilhas. Percebidas pelos problemas de diversas ordens, dos quais, muitas vezes acreditamos que não nos dizem respeito. 

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