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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Após 40 dias em coma, padre atacado por narcotraficantes visita Francisco

O sacerdote conhecido como “o milagre de Deus” foi passar seu aniversário com o Papa Francisco e renovar sua fé na missão.


O Pe. Horacio Zúñiga esteve em coma durante 40 dias, após uma tentativa de assassinato por parte de narcotraficantes, que queriam eliminar o sacerdote que se dedica a tirar os jovens das drogas.

O Pe. Horário foi brutalmente atacado, mas se recuperou parcialmente e já voltou a guiar sua paróquia e seu colégio. Ele teve a bênção de comemorar seu aniversário de 45 anos ao lado do Papa Francisco.

A história deste padre é brilhante. Com um doutorado em Teologia em Roma, ele foi nomeado pároco de um bairro pobre de La Guaira (Venezuela), bem como diretor de um colégio.

O Pe. Horacio conseguiu tirar muitos jovens das ruas e o mundo das drogas. Por isso, os narcotraficantes decidiram assassiná-lo em plena luz do dia.

Depois de ser espancado e dado por morto, ele ficou horas jogado na rua. Após 40 dias em coma, recuperou-se dos ferimentos. E, mesmo estando à beira da morte, ele voltou à Venezuela para abrir uma escola diocesana.

Sua mãe quis dar-lhe de presente de aniversário uma viagem a Roma, para encontrar-se com o Papa Francisco. Após seu encontro com o Pontífice, o Pe. Horacio comentou que se sente “mais forte, porque o Papa Francisco me confortou e deu um novo sentido ao pouco sangue que derramei por Cristo”.

“Em La Guaira, sou chamado de ‘milagre de Deus’, mas eu prefiro pensar que sou um predileto do Senhor. Prova disso foi a Missa que pude concelebrar esta manhã com o Papa Francisco”, contou o Pe. Horacio ao L’Osservatore Romano.

“Escrevemos ao Papa no mês passado – conta a mãe do sacerdote – para contar-lhe a história de Horacio, e lhe pedimos que nos concedesse apenas um minuto do seu tempo, para dar-lhe sua bênção. Não esperávamos esta graça tão grande.”

O Pe. Horacio nasceu em Cartagena (Venezuela). Entrou no seminário durante a juventude e completou seus estudos na Universidade Pontifícia da Santa Cruz, em Roma.

Logo após sua ordenação, foi enviado a La Guaira. Ao chegar ao seu primeiro destino como sacerdote, percebeu a delicada situação dos jovens do local – muitos deles eram utilizados pelos narcotraficantes para vender drogas. Horacio se opôs a isso e decidiu tirar o maior número possível de jovens dessa agonia.

Segundo relatou o L’Osservatore Romano, o carisma e zelo apostólico do Pe. Horacio possibilitou não apenas reunir um bom grupo de jovens, tirando-os das mãos dos traficantes, mas também iniciar uma autêntica campanha de conscientização para dar mais visibilidade a essa praga social na Venezuela.

Diante de tal situação, os narcotraficantes decidiram assassiná-lo. Ao sair de um shopping, em plena luz do dia, o padre foi atacado por alguns traficantes, que o espancaram usando tacos de beisebol, e o deixaram jogado no meio da rua.

Ele passou horas sobre o asfalto, sem que ninguém se atrevesse a socorrê-lo, porque as pessoas tinham medo dos traficantes. Mas, finalmente, uma pessoa o recolheu e o levou ao hospital. Ao despertar do coma de 40 dias, seu primeiro pensamento se dirigiu aos jovens que ele tirou das ruas e das drogas: “Os traficantes queriam arrancá-los de mim, mas não conseguiram e não conseguirão”, disse.

O Pe. Horacio terminou sua recuperação em Roma. Agora, está com toda a parte esquerda do corpo paralisada, mas os golpes dos narcotraficantes não conseguiram paralisar seu amor e sua entrega aos jovens das ruas. O sacerdote, ao voltar à Venezuela, abriu uma escola diocesana, dirigida por ele mesmo.
 
(Fontes: José Calderero / Alfa y Omega  / Camino Católico)

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