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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Caminhar pode diminuir o risco de desenvolver mal de Alzheimer



Segundo um novo estudo, caminhar pouco mais que um quilômetro por dia aumenta significativamente o volume de várias regiões do cérebro, incluindo o lobo frontal, envolvido no raciocínio e na resolução de problemas. Além disso, reduz o risco de disfunção cognitiva pela metade.
A pesquisa indica que andar a pé cerca de 1,61 km pode aumentar o tamanho do cérebro, e diminuir significativamente nos idosos as chances de desenvolver mal de Alzheimer ou demência. Os pesquisadores disseram que, no entanto, andar mais do que isso por dia não pareceu melhorar ainda mais o volume do cérebro.
O cérebro diminui conforme os adultos envelhecem, aumentando o risco de comprometimento cognitivo e de doenças como Alzheimer e demência. Estudos anteriores já haviam examinado os efeitos da atividade física sobre a função cerebral em idosos, mas em períodos mais curtos, de seis meses a um ano. Este é o primeiro estudo realizado durante um período de vários anos que foi capaz de avaliar isso.
Os participantes foram avaliados com base em uma medição inicial do quanto eles caminham, e depois seguidos por 13 anos. O estudo começou com 299 participantes que não tinham demência, com idades entre 70 e 90 anos, em 1989. Os pesquisadores mediram quantos quarteirões os idosos andavam por semana e, entre 9 e 13 anos após o exame inicial, os cientistas avaliaram os mesmos participantes com ressonâncias magnéticas.
Ao final da pesquisa, 116 participantes foram diagnosticados com demência ou comprometimento cognitivo leve, que podem levar à doença de Alzheimer, e 169 permaneceram sem tais condições. O estudo não levou em conta as pessoas que morreram durante a pesquisa.
Segundo os pesquisadores, é possível que o exercício possa estar apenas adiando o aparecimento do mal de Alzheimer nas pessoas vulneráveis à doença. Mas, mesmo se este for o caso, o estudo aponta para prevenção e opções de tratamento a estes pacientes. Há uma tendência, nos próximos anos, de dar uma ênfase as formas não-farmacêuticas de diminuir o risco de doenças neurológicas ou psiquiátricas.
Atrasar a doença também pode aliviar a carga emocional e os problemas que vêm junto com ela, tanto para os pacientes como para suas famílias.
No futuro, os pesquisadores querem realizar outros estudos que revelem como o exercício influencia o volume do cérebro, e quais são os efeitos da atividade física em pessoas que já sofrem com a doença de Alzheimer. [LiveScience]

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