Nossa Senhora e a todas as nossas queridas mães. Todas as vezes que nos predispomos a falar de Maria nos reportamos sempre à história do amor de Deus por nós. Encontramos na face de Maria a face de um Deus terno e amoroso, a face materna de Deus.
A Sagrada Escritura nos apresenta Eva como a mulher que não atendeu ao projeto de Deus e se distanciou da graça (cf. Gn 3), tornado-se a mãe do ser humano decaído. Deus, no entanto, “quis salvar o que estava perdido” (Lc 19,10) e foi ao encontro do ser humano para restabelecer os laços e resgatá-lo das trevas. Maria, deste modo, é o ser humano que colabora com este projeto amoroso de Deus. Nela Deus prepara uma nova Eva, a nova mulher, o novo ser humano. Maria é verdadeiramente precursora da humanidade redimida, pois nela nenhum pecado fez morada.
Dizendo “Fiat” ao projeto de Deus, Maria Santíssima se torna espelho para a humanidade,– uma mostra do poder e da graça do Deus Altíssimo. Ai esta o fato porque a honramos e veneramos como rainha e mãe protetora, pois ela se torna receptiva do plano de Deus que regenera todas as coisas. É a maternidade a sua grande honra, sua vocação. Tudo na Mariologia gira em torno da Teotokos – Maria é a Mãe de Deus. A Maternidade Divina é a fonte de todos os privilégios com os quais Deus a adornou – “Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram!” (Lc 11, 27). Louvando a Maria, o fiel honra nela o seu Filho Jesus autor e fonte de toda graça.
Desde criança aprendi a amar Nossa Senhora. Visitava todos os dias um oratório de uma vizinha onde se podia contemplar a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Era tão bela aquela imagem de Maria. Uma outra vizinha me recordou que eu chorava para ver uma imagem de Nossa Senhora que ela tinha no quarto – chorava porque nem sempre me deixavam vê-la, pois tinham medo de que eu acabasse por quebrá-la. Mas recordo que na juventude esta devoção se intensificou com a ajuda de um grande santo da Igreja – trata-se do baluarte de minha vocação sacerdotal São Maximilano Maria Kolbe.
Através da leitura de uma revistinha fundada por ele, intitulada “Cavaleiro da Imaculada”, fui aperfeiçoando meus conhecimentos sobre a Mãe do Céu. Tive ajuda também de um grande Mariano chamado João Paulo II. Foi no pontificado deste Papa, que consagrou seu apostolado a Maria com o “Totus Tuus”, que me formei no seminário para ser também apóstolo da Imaculada. Nestes anos de vida sacerdotal sinto Maria caminhando comigo. Maria tem os sacerdotes como filhos prediletos, e eu sou extremamente feliz por ser sacerdote da Igreja de Cristo e por ter Maria como mãe e confidente.
Tenho procurado fazer do meu sacerdócio uma ponte para que muita gente chegue a conhecer mais profundamente o amor de Maria pela humanidade. Tenho dito em minhas pregações: Minha missão é fazê-los amar Jesus Eucarístico, Nossa Senhora e nosso Pai São José – se consigo isto serei o sacerdote mais feliz do mundo. Meu apostolado também esta consagrado a Maria – o fiz no dia da minha ordenação com a oração mais antiga que se conhece dedicada a Nossa Senhora: “Sub tuum praesidium confugimus, Santa Dei Genitrix”.
Esta me dando grande alegria, o êxito do terço dos homens que começamos em nossa Paróquia. Já são muitos os que têm vindo participar com fervor. Os testemunhos de pais de famílias que mudaram de vida depois desta oração me comovem.
Neste mês mariano a imagem de Nossa Senhora sairá da Igreja visitando as famílias, levando a benção e a paz. A família rezará diante da imagem da Mãe querida e se fortalecerá na caminhada. Lembremos de todas nossa mães e dirijamos uma fervorosa prece a Maria para que derrame sobre todas copiosas bênçãos de muita saúde e paz.
Pe. José Hunaldo Feitosa
hunaldof@globo.com
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