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sábado, 11 de janeiro de 2020


FICÇÃO CIENTÍFICA


Resultado de imagem para FICÇÃO CIENTIFICA O SENHOR DA LUZ


Uma grande ficção científica não deve se preocupar apenas em 
prever avanços tecnológicos, mas sim, em explorar as forças 
que dão origem a essa tecnologia e seus efeitos na psicologia 
individual e de massa.
Grandes ficções científicas também disfarçam os poderes dominantes, 
sejam governos ou corporações, em personagens ou grupos fictícios 
para criticá-los ou satirizá-los.
Algumas tratam de vigilância direta, outras especulam sobre 
coleta de inteligência interpessoal ou consideram o assunto de maneiras 
mais oblíquas.
Outras, ainda, destilam a vigilância de sua essência: enquanto uma face 
de um sistema de controle muito maior e abrangente, que vai do topo da 
pirâmide até sua base.

Roger Zelazny, O Senhor da Luz
Seres humanos viajam através de uma nave, a Estrela da Índia, para um 
planeta distante parecido com a Terra.
Equipados com uma tecnologia incrivelmente avançada, eles se definiram 
como deuses do panteão hindu. Antecipando o interesse de William Gibson 
em implantes e outros tipos de modificações, os humanos alteraram suas 
mentes e corpos.
Eles também aperfeiçoaram a transferência de mentes — a habilidade de 
migrar a mente de uma pessoa para um corpo novo por meio da tecnologia.
Mas há uma pegadinha: a elite burocrata religiosa mapeia as mentes 
atrás do carma individual, o que determina o novo corpo da alma.
É uma forma aterrorizante de vigilância existencial. Nesse mundo, uma 
figura meio Buda chamada Sam (um membro original da equipe da 
Estrela da Índia), aparece para trazer iluminação e tecnologia às massas.
John Brunner

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