A população da Europa
representava 22% da população mundial em 1950, 12% em 2000 e se prevê diminuir
para 7% em 2050: o suicídio de um continente.
Malthus em 1798 afirmou que
o crescimento da população mundial era muito maior do que a capacidade de
produção de alimentos o que levaria ao extermínio da humanidade. Os fatos
provam o erro de sua teoria: a fome se deve às guerras, à ausência de aproveitamento
racional dos recursos naturais, à questão política. Não se conhece caso algum
em que o aumento da população tenha conduzido ao empobrecimento. Mais: o
controle populacional é uma falsa defesa do futuro ocasionando desastres
incontroláveis.
Após a 2ª Guerra Mundial
ficou evidente a diminuição da natalidade nos países ricos diante da alta taxa
de fecundidade dos países do 3º Mundo. A solução proposta pelos países ricos
foi baixar os nascimentos dos países pobres para compensar o envelhecimento de
sua população e manter o controle econômico sobre eles. Os métodos
anticoncepcionais foram considerados insuficientes para atingir a meta almejada
sendo incluída a necessidade de incentivar o aborto no mundo todo. Porém,
implantado o aborto e obtida taxa constante de redução demográfica, o número
dos idosos na população passa a ser desproporcionalmente alto, acarretando
gastos sociais gigantescos.
As Nações Unidas trabalham
com previsões populacionais para 2300, com a possibilidade de 1/3 do número
atual de habitantes: 2 bilhões. Proposta impossível de ser alcançada
espontaneamente, faz com que a liberação do aborto seja proposto para que não
haja um desequilíbrio na balança populacional e econômica a favor dos países
mais pobres. É um absurdo sugerir a liberação do aborto para o controle da
natalidade, sem rever os hábitos de consumo da sociedade, sem uma política
universal que realmente busque o bem comum.
A taxa de fecundidade ou
taxa de fertilidade é o número médio de filhos de mulheres entre 15 e 49 anos.
O número necessário para manter uma cultura é de 2,11 crianças por família. Com
a taxa de 1,9, a cultura não sobrevive e com 1,3, os especialistas consideram a
reversão impossível. A partir de 1,3 filhos por família, a tendência é só
baixar a população que vai encolhendo até desaparecer.
Não existe política oficial
de controle de natalidade ou planejamento familiar nos países mais ricos da
Europa inclusive porque desde a II Guerra Mundial, cada vez nascem menos
crianças no continente. Ao contrário, desde os anos 70, cresce a preocupação
dos governos com a diminuição da população.
Veja os números de
natalidade (fecundidade) na Europa: França: 1,8; Inglaterra: 1,6; Grécia e
Alemanha: 1,3; Itália:1,2; Espanha:1,1.
Ao todo, 31 países apresentam uma taxa de natalidade menor do que 1,38.
Já se iniciou o chamado inverno europeu. A partir de 2010, crescerá apenas a
população com mais de 55 anos e logo existirão mais idosos do que crianças e
jovens. Nos próximos 25 anos, duplicará a população com mais de 80 anos. Atualmente,
milhares de imigrantes são aceitos na Europa para preencher a falta de mão de
obra de jovens e, gradualmente, o Velho Continente, berço da civilização
ocidental, tem a sua população sendo substituída por emigrantes de outros
continentes.
Especialistas propõem
medidas de incentivo para que os casais tenham mais filhos, com vantagens
sociais, econômicas e educacionais. Porém, a mentalidade contraceptiva
instalada resulta que, desde 2004, acontece 1 aborto provocado a cada 25
segundos na Europa.
Desde 1979, a então Alemanha
Ocidental aumentou o salário de seu trabalhador para ser o maior da Europa como
incentivo ao aumento da família, oferecendo ¼ do salário mínimo a mais para o
casal alemão que tivesse o 3º filho. Hoje, o Estado paga aos pais quase 70% de
sua renda líquida, por 1 ano, caso decidam se licenciar do trabalho após o
nascimento de um filho. A França, já em 1979, aumentou de 2 mil para 10 mil
francos o auxílio natalidade para a mãe que tivesse o 3º filho.
Em 2007, Portugal ofereceu:
€$ 130/mês a partir do 3º mês de gestação, prevendo elevação do valor no 2º e
3º ano de vida; Espanha: €$ 2500 para cada filho nascido no país; Noruega:
€$122/mês/criança até os 18 anos de idade. A Rússia foi a primeira a legalizar
o aborto em 1924 por iniciativa do governo comunista de Lenin, para a
emancipação da mulher. Hoje, diminui sua população em torno de 1 milhão ao ano.
A população da Europa
representava 22% da população mundial em 1950, 12% em 2000 e se prevê diminuir
para 7% em 2050. Pode-se aí identificar o suicídio de um continente. A Ásia
abriga mais de metade da população total do planeta. Apesar dos programas de
controle de natalidade adotados, sua taxa de natalidade anual é ainda elevada
(em média 3) enquanto a taxa de mortalidade tende a diminuir provocando rápido
aumento da população mais idosa. Na China, o programa foi instituído em 79, com
a participação do Banco Mundial através da rígida lei do filho único. O
controle foi obtido pelo desrespeito aos direitos humanos e os abortos forçados
e esterilizações compulsórias atraíram condenação da comunidade internacional.
Surgiu também um fenômeno trágico: casos de infanticídio de meninas porque os
homens representam maior força de trabalho e mantêm o nome da família. Existem
32 milhões de homens a mais que mulheres. Embora a população ainda seja muito
grande, há a tentativa de reverter a política do filho único e de suas
consequências.
Além dos aspectos sociais e
econômicos, é preciso analisar eticamente o significado e as exigências do país
em relação aos seus idosos, que devem ser considerados uma riqueza de
experiência individual e depositários da cultura, mas que trazem necessidades
próprias de prevenção e assistência à saúde; necessidades em seu aspecto
integral como pessoa humana, inserção na família, auxílio para viver seus
próprios limites, inserção em grupos de convivência; vivência da realidade da
própria finitude; sentido de cada momento da existência. Estas questões trazem
a necessidade de rever e de ampliar o próprio conceito de SAÚDE como um bem pessoal pelo qual cada um
se responsabiliza e ao qual dá um significado particular. A cada momento de
vida corresponde um sentido pessoal e intransferível a ser descoberto.
sources: Comunidade Senhor
da Vida.
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