Você nunca mais vai olhar
para uma enfermeira do mesmo jeito
Ela teve que contar a pais
que sua filha havia acabado de morrer. Seu relato vai te fazer olhar a
enfermagem com outros olhos
Todas as profissões tem seus
lados bons e ruins. A enfermagem, por exemplo, exige tanto fisicamente, com
horas e horas de jornada de trabalho, quanto emocionalmente.
O relato dessa enfermeira
anônima capta exatamente o sentimento de ter que contar a um pai e uma mãe que
sua filha morreu. Você já se imaginou tendo que assumir esse papel? Realmente
não é fácil!
Ela postou uma mensagem no
Reddit sobre um dos piores dias que teve de trabalhar: quando uma menina de 18
anos apareceu no hospital quase sem vida.
Ela escreve como se
conversasse com os pais que acabaram de perder a filha, pois claro, é o que ela
gostaria de ter dito a eles naquele momento, mas não conseguiu.
“Você estava devastada.
Choque absoluto. Sua filha foi trazida nessa manhã sem resposta. Ela tinha
apenas 18, então demos a ela o nosso melhor tiro. Trabalhamos com ela por uns
bons 45 minutos. Não havia volta de uma fratura de crânio tão fechada como
aquela. Nós não iríamos lhe dizer, mas abanamos o cabelo dela de modo que você
não visse extensão do inchamento que tinha ocorrido. Nenhum pai deveria ter que
ver seu bebê assim”.
E para a enfermeira, a pior
parte é ter de ficar ao lado dos pais tentando fazer seu melhor possível, pois
não há uma maneira menos pior de contar a uma família que parte dela se foi. É
algo vazio. Ainda na mensagem, ela revela que a menina que faleceu não sofreu.
Ela havia sofrido um acidente de carro, que deixou um estado crítico e outros
dois com ferimentos leves e foi tão rápido que não daria tempo de piscar duas
vezes.
Ela continuou seu desabafo:
“Você cai no chão do hospital, sem se importar com as bactérias que podem estar
lá. Seu mundo apenas se quebrado. Você está quebrado. E eu fico lá com um rosto
sombrio, minhas mãos apertadas à minha frente. Vocês se agarram um ao outro.
Vocês gritam. Vocês choram. Eu não mudo a expressão facial. Ofereço qualquer
ajuda que eu puder. Estou desajeitadamente ao seu lado. Te passo lenços de
papel, sirvo água.Estou aqui como uma coluna de compreensão e apoio para tentar
aliviar sua dor e sofrimento da maneira mais diplomática e politicamente
correta que o hospital permite. Aceno e balanço com a cabeça. Eu ofereço um
tapinha nas costas. Eventualmente, eu tenho que deixá-lo. Mais pessoas da
família chegaram e eu sei que você está em boas mãos”.
A enfermeira diz que, no
fundo, está tão machucada quanto. Naquele dia, chorou todo o caminho de volta
para casa e, ao procurar a menina que se foi no Facebook, viu o quanto ela era
bonita e tinha acabado de se formar no colegial. Sim, ela tinha uma vida toda
pela frente e chega a não ser justo.
Isso a fez se lembrar do seu
irmão também de 18 anos. Pensar que poderia ser ele dói demais. Ela desabafa
dizendo que sente mais do que as pessoas podem imaginar, e que elas nunca
saberão e entenderão isso.
Ela continua: “Nós,
enfermeiras, talvez não mostremos isso às vezes, somos incapazes de mostrá-lo –
seja para salvar a cara, a política do hospital, ou, simplesmente ser corajoso
e solidário – mas nós nos importamos. Suas mágoas são nossas mágoas. Nós sofremos
com você. Então, por favor, apenas saiba que seu sofrimento é sentido. É
compartilhado”.
Que mensagem mais
emocionante e tocante! Nunca sabemos o que se passa dentro de alguém e ter que
conviver todos os dias com a morte e doenças devastadoras deixa o emocional de
qualquer pessoa totalmente quebrado. A solidariedade com essa linda profissão
deve ser sentida e, claro, respeitada.
(via Best of Web)
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