Dançar é muito bom. É uma
forma de expressão e celebração, e ainda nos ajuda a aliviar o estresse do dia
a dia. Quer você tenha feito ou não aulas de dança, ou se você é daquele tipo
de pessoa que se considera com dois pés esquerdos, é fácil admitir que dançar
causa uma sensação de bem-estar. E isso agora tem sido comprovado pela ciência,
inclusive para proteger e fortalecer o cérebro.
A dança e o seu cérebro
A ciência e a medicina se
esforçam constantemente nos estudos do envelhecimento cerebral e de como
combater e prevenir doenças cerebrais relacionadas a esse processo, como
demência e as doenças de Alzheimer e Parkinson. A dança demonstrou ter um
impacto na saúde do cérebro, mas os cientistas descobriram que essa atividade,
juntamente com o movimento coordenado e a resistência necessária, pode ser o
melhor tipo de exercício para o seu cérebro por várias razões:
1. Aprendizado constante
A doutora Kathrin Rehfeld
realizou um estudo no Centro Alemão de Doenças Neurodegenerativas, no qual ela
comparou vários grupos idosos que receberam rotinas de exercícios específicos
por 18 meses. Alguns grupos receberam treinamento de resistência e
flexibilidade, como caminhar ou andar de bicicleta, e um grupo recebeu aulas de
dança semanais.
Todas as semanas, eles foram
desafiados a algo novo, seja um novo gênero de dança, um novo passo ou uma nova
rotina. Verificou-se que todos os grupos tiveram um aumento no centro do
cérebro do hipocampo – uma área que é particularmente vulnerável às doenças
degenerativas relacionadas à idade – embora o grupo de dança tenha
experimentado uma diferença notável. Kathrin explicou que o aspecto mais
desafiador para o grupo era recordar as rotinas sob a pressão do tempo e sem
ajuda do instrutor.
2. Coordenação e equilíbrio
O equilíbrio e a coordenação
podem ser difíceis e ficam ainda mais desafiantes à medida que envelhecemos. O
desafio que vem com a idade é justamente manter o equilíbrio, e por isso muitas
pessoas caem e se machucam, com risco de lesões graves. No entanto, dançar
treina e melhora todas essas áreas: rotas, voltas, movimentos rápidos de lado a
lado e para cima e para baixo treinam as áreas do cérebro e o ouvido interno
para lidar com essas mudanças rápidas e movimentos mais afiados. Isso ajuda
você a ficar menos atordoado com os movimentos cotidianos, como subir a escada
ou levantar de uma cadeira.
Além disso, a dança também
ajuda a fortalecer uma variedade de músculos nos pés, pernas e quadris, de modo
que, se você perder o equilíbrio, não corre mais risco de cair. A dança ensina
coordenação e memória muscular, então, se você a incluir na sua rotina, vai
nutrir e desenvolver a conexão do músculo cerebral e os neurônios.
3. Melhora a memória
Todos nós gostaríamos de ter
uma boa memória por toda a vida, mas sabemos que, à medida que envelhecemos,
nossa capacidade de lembrar nomes, datas, lugares e fatos diminui. Mas a dança
nos ajuda a conectar o mental (aprendendo novos passos e a ordem dos mesmos)
com o físico (na verdade executando a rotina). Isso resulta na melhora da
memória e no fortalecimento das conexões neuronais no cérebro.
4. A música estimula
atividades cerebrais
Cientistas e pesquisadores
que estudam doenças neurodegenerativas sempre discutiram o profundo impacto que
a música tem no cérebro, especialmente para aqueles que sofrem de declínio
cognitivo. A dança não só oferece benefícios físicos, mas, como é acompanhada
de música, ajuda a estimular os centros de recompensa cerebrais em combinação
com o circuito sensorial e o motor, que são ativados quando você começa a dançar.
Além disso, estudos
realizados sobre a doença de Parkinson descobriram que aqueles que praticavam e
aprendiam a dançar melhoraram o equilíbrio e diminuíram as quedas, e também
experimentaram uma taxa mais lenta de declínio motor, além de uma progressão
geral mais lenta da doença.
5. Dança deixa as pessoas
mais felizes
Seja qual for o estilo, a
dança modifica o humor. Esta forma de exercício é fantástica para o coração,
pulmões, músculos e articulações, e é uma maneira divertida de queimar
calorias. Também ajuda a diminuir o estresse e nos aproximar das pessoas,
quando estamos em uma festa, por exemplo.
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