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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

LIVRO REÚNE ANOTAÇÕES PESSOAIS QUE JOÃO PAULO II PEDIU QUE QUEIMASSEM

Os escritos contêm perguntas importantes, íntimas e profundas do Papa polonês, e constituem o principal documento do seu processo de canonização.



Em seu testamento, escrito em diferentes etapas durante os exercícios espirituais no Vaticano, João Paulo II pediu aos que poderiam ser considerados herdeiros seus: “Que as anotações pessoais sejam queimadas”.

A petição foi feita ao seu secretário pessoal, Stanisław Dziwisz: “Peço que isso fique sob a responsabilidade de Dom Stanislaw, a quem agradeço pela colaboração e a ajuda tão prolongada e tão compreensiva nestes anos”.

Pouco depois do funeral do Papa polonês, perguntamos ao futuro arcebispo de Cracóvia por que ele não havia atendido ao pedido. E ele respondeu: “Porque esses papéis têm uma relevância histórica”.

Agora, chega de Cracóvia a notícias de que, no dia 5 de fevereiro, será lançado o livro "Estou nas mãos de Deus. Anotações pessoais de 1962 a 2003". Como revela a editora Znak, o leitor encontrará no livro "perguntas importantes, íntimas e profundas, comovedoras meditações e orações que marcavam seu tempo dia a dia”, bem como "anotações que testemunham sua preocupação com os seus entes queridos (amigos e colaboradores) e com a Igreja que lhe havia sido confiada”.

As anotações, como acrescenta a agência Kai, “tornaram-se agora o principal documento no processo de canonização”. E cita o próprio cardeal Dziwisz: “Não, não queimei as anotações de João Paulo II porque constituem a chave de leitura da sua espiritualidade, a parte mais íntima do homem: suas relações com Deus, com o outro e consigo mesmo”.

O editor, por sua vez, confessa que se sente honrado e promete uma excelente edição. (Artigo publicado originalmente por Religión en Libertad)


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