José mora em uma cidadezinha
do interior e, desde criança, era incomodado por Artur, um colega que dava
todos os apelidos possíveis para ele. Era sempre Zé alguma coisa. Quando José
ficou adulto, ele se mudou para um bairro mais afastado do centro para fugir
dessa pessoa chata. Comprou uma casinha bem cuidada, com um belo jardim na frente
e uma árvore muito bonita.
Mas o que ele não esperava é
que o vizinho da frente era ninguém menos que Artur, o ‘amigo da onça’ que
adorava apelidá-lo. E não deu outra: ao ver José ali no quintal debaixo da
árvore, ele grita:
— Fala, Zé da Árvore! Prazer
ter você aqui, hein!
José não acredita naquilo!
Mas, dessa vez, ele não tolera. No dia seguinte, chama os serviços da
prefeitura e pede para cortar a árvore. Os funcionários fazem o serviço, mas
deixam o toco da árvore ali. Ao ver o vizinho, ele diz:
— E então, vai me chamar de
Zé da Árvore outra vez?
— Ah, claro que não. A partir
de agora você é o Zé do Toco!
E saiu dando risada.
Furioso com o novo apelido,
Zé contratou um tratorista para remover o toco do jardim, deixando ali um
buraco. Dias depois, eis que aparece Artur e, ao vê-lo, José grita:
— Agora quero ver se você vai
me chamar de Zé do Toco outra vez!
— Claro que não, Zé do
Buraco! Ha ha ha!
Zé fica ainda mais furioso.
E, para parar de vez com essa brincadeira sem graça, ele mesmo decide tapar o
buraco no mesmo dia. Na manhã seguinte, ele está ali no quintal esperando o
vizinho piadista. Quando Artur sai de casa, ele o chama:
— Agora acabou! Quero ver
que apelido você vai me dar agora! Não tem árvore, nem toco, nem buraco!
Em questão de segundos,
Artur responde:
— Que nada! Agora você é
tapado!
— O quê? Como assim? Agora
você está me ofendendo!
E antes que Zé partisse para
cima dele, Artur responde:
— Zé do Buraco Tapado, oras!
Nenhum comentário:
Postar um comentário