Início de ano, para muitos, é sinônimo de
começo de dieta. Emagrecer, afinal, está quase sempre entre as grandes metas de
réveillon. Isso faz com que alguns alimentos que prometem facilitar esse
objetivo sejam mais procurados. A chia é um deles.
Originário do México e Colômbia, o grão da
chia (Salvia hispânica L.) já fazia parte do cardápio dos nossos ancestrais há
alguns séculos, sendo reconhecido como um excelente alimento. É fonte de
proteínas, fibras dietéticas, ácidos graxos (ômega 3 e 6), vitaminas do
complexo B (tiamina, riboflavina, niacina) e minerais (cálcio, fósforo,
magnésio, zinco, potássio e cobre).
Pelo excelente conteúdo nutricional, a chia
ganhou a atenção de pesquisadores do mundo inteiro. Assim que chegou ao Brasil,
entrou na dieta das pessoas que se preocupam com a boa forma física e a perda
de peso. Outras propriedades do grão, porém, merecem ser destacadas. Conheça
alguns dos seus benefícios:
1 – Tem ação anti-inflamatória, porque o grão
fornece o ômega 3 (ácido linolênico), que tem a propriedade de combater a
inflamação do organismo. Um estudo realizado por AYERZA, R e COATES W,
publicado na revista Annals of Nutrition and Metabolism em 2007 , mostrou que a
dieta contendo chia, tanto na forma de grão como na forma de óleo, foi capaz de
aumentar os níveis plasmáticos de ácidos graxos ômega 3.
2 – Tem compostos bioativos com forte ação
antioxidante, combatendo a ação dos radicais livres que levam ao envelhecimento
precoce e também resultam no desenvolvimento de algumas doenças.
3 – Contribui com o controle do diabetes,
graças ao alto teor de fibras, o que ajuda a melhorar a sensibilidade ao
hormônio insulina, melhorando a glicemia pós prandial (pós refeição). As fibras
tornam mais lenta a absorção dos açúcares pelo intestino, o que ajuda e muito a
manter a glicemia (açúcar no sangue) controlada. CHICCO,A. e colaboradores, em
2009, publicaram na revista British Journal of Nutrition um estudo que concluiu
que uma dieta incluindo o grão de chia influencia positivamente na melhora da
resistência à insulina, o que é fundamental para o bom controle do diabetes.
4 – É grande aliada nas dietas de
emagrecimento ou na manutenção do peso ideal, por ser fonte de fibras solúveis
que formam um composto gelatinoso no
estômago, tornando a digestão mais lenta e
resultando num aumento de saciedade. Isso favorece uma melhor seleção
dos alimentos nas refeições seguintes, bem como redução nas quantidades, uma
vez que reduz apetite.
5 – Pode ser um alimento coadjuvante na
redução do risco de doenças
cardiovasculares, diabetes, dislipidemia em indivíduos que apresentam
sobrepeso, isso também por melhorar a resistência à insulina e perfil lipídico.
Os indivíduos obesos ou que apresentam sobrepeso já tem fator de risco para o
desenvolvimento de diabetes e doenças cardiovasculares. Em março de 2011, na
revista Journal of Nutritional Biochemistry, pesquisadores concluíram que o
grão de chia introduzido na alimentação dos animais analisados melhorou a
sensibilidade à insulina, reduziu a gordura visceral, o que já é fator de
proteção para doenças cardiovasculares.
6 – Combate a constipação, ajudando com a boa
saúde intestinal, isso também pela quantidade de fibras que fornece.
7 – O consumo do grão favorece também o
controle da pressão arterial, porque o ômega 3
presente tem efeito anti-hipertensivo.
8 – A presença do ômega 3 também faz com que
a chia seja um bom alimento para a saúde cerebral, já que esses ácidos graxos
poli-insaturados são componentes da estrutura das células nervosas, podendo
também melhorar a memória, reduzir a ansiedade e depressão.
9 – Ajuda a melhorar a resistência e
rendimento de atletas, além da recuperação muscular no pós treino, isso por
causa da presença de proteínas vegetais, ômega 3 e também a presença de
minerais que são perdidos pelo suor.
10 – É um poderoso alimento para incluir nas
dietas de vegetarianos, por ser fonte de
proteínas vegetais. A qualidade da proteína é excelente, contendo muitos
aminoácidos essenciais.
Como incluir na alimentação
É possível encontrar a chia em diferentes
formas:
Grãos (sementes ao natural): Preserva as
propriedades nutricionais mais intactas. Pode-se incluir em sopas, bolos,
saladas, polvilhar em cereais, iogurtes, frutas e até adicionar em bebidas
(sucos ou água).
Óleo: Os ácidos graxos ômega 3 e 6 são
preservados, no entanto o teor de fibras fica comprometido. É uma alternativa
para temperar a salada ou colocar na sopa.
Farinha: É o produto final da moagem do grão
da chia, fonte de ômega 3, fibras e proteínas.
É possível ainda encontrar chia em de flocos
e em cápsulas.
É importante enfatizar que a chia deve fazer
parte de uma dieta nutricionalmente variada e equilibrada, para que seja
possível colher os seus benefícios para a saúde. Como todo alimento, é recomendado
que o seu consumo seja parte de um rodízio, no qual haja variação com outras
fontes de grãos e sementes.
Tags: alimentação, chia, sementes
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