Lidia Guerrero pediu ao Papa
que ajude a acabar com a pena de morte e a discriminação étnica.
(Na foto, o Papa Francisco
fala com a Sra. Lidia Guerrero, a mãe de Víctor Hugo Saldaño, preso condenado à
morte. O encontro foi na audiência geral do dia 5 de fevereiro)
Na última quarta-feira, o
Papa Francisco recebeu em audiência a Sra. Lidia Guerrero, mãe de Víctor Hugo
Saldaño, homem argentino que está no "corredor da morte" há 17 anos,
no Texas (EUA).
Lidia Guerrero cumprimentou
o Papa Francisco para pedir-lhe sua intermediação contra a pena de morte e a
discriminação étnica.
Saldaño, de 39 anos, foi
condenado à morte pelo homicídio do vendedor de computadores Paul Ray King,
ocorrido em 25 de novembro de 1995, nas redondezas de Dallas.
Juan Carlos Vegas, o advogado
de Saldaño, informou à Aleteia que o Papa teve palavras de misericórdia para a
mãe do condenado. Segundo Vega, o Papa lhe assegurou sua proximidade e a
incentivou a continuar lutando pela causa de Saldaño, que, segundo o Pontífice,
"vale a pena".
O Papa teve uma atitude
atenta e compassiva com a mãe de Saldaño e lhe disse que "rezou muito por
este cordobês", referindo-se ao gentílico usado para pessoas de Córdoba
(Argentina), de onde a família é originária.
Lidia, depois da audiência,
ficou profundamente emocionada, contou o advogado da família, enquanto se
dirigia ao hotel para fazê-la descansar. Vega também disse à Aleteia que
Saldaño sofre de transtornos mentais, devido às condições insanas do "corredor
da morte".
O advogado comentou que
confia em que o Papa intercederá pela situação de Saldaño quando se encontrar
com o presidente dos EUA, Barack Obama, que visitará a Santa Sé em 27 de março.
O Papa provavelmente pedirá para que a pena de morte seja abolida e para que se
respeite a sentença da Suprema Corte, que se pronunciou a favor de Saldaño, por
considerar o julgamento "processualmente falho" por motivos de
"discriminação étnica".
A mãe de Saldaño começou uma
batalha legal (que dura quase duas décadas) para que seu filho seja transferido
a uma prisão comum. Depois da última sentença negativa da justiça americana, a
família espera uma nova sentença do tribunal da OEA (Organização dos Estados
Americanos).
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