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domingo, 9 de fevereiro de 2014

PAPA FRANCISCO RECEBE A MÃE DE UM CONDENADO À MORTE

Lidia Guerrero pediu ao Papa que ajude a acabar com a pena de morte e a discriminação étnica.



(Na foto, o Papa Francisco fala com a Sra. Lidia Guerrero, a mãe de Víctor Hugo Saldaño, preso condenado à morte. O encontro foi na audiência geral do dia 5 de fevereiro)
Na última quarta-feira, o Papa Francisco recebeu em audiência a Sra. Lidia Guerrero, mãe de Víctor Hugo Saldaño, homem argentino que está no "corredor da morte" há 17 anos, no Texas (EUA).

Lidia Guerrero cumprimentou o Papa Francisco para pedir-lhe sua intermediação contra a pena de morte e a discriminação étnica.

Saldaño, de 39 anos, foi condenado à morte pelo homicídio do vendedor de computadores Paul Ray King, ocorrido em 25 de novembro de 1995, nas redondezas de Dallas.
Juan Carlos Vegas, o advogado de Saldaño, informou à Aleteia que o Papa teve palavras de misericórdia para a mãe do condenado. Segundo Vega, o Papa lhe assegurou sua proximidade e a incentivou a continuar lutando pela causa de Saldaño, que, segundo o Pontífice, "vale a pena".

O Papa teve uma atitude atenta e compassiva com a mãe de Saldaño e lhe disse que "rezou muito por este cordobês", referindo-se ao gentílico usado para pessoas de Córdoba (Argentina), de onde a família é originária.

Lidia, depois da audiência, ficou profundamente emocionada, contou o advogado da família, enquanto se dirigia ao hotel para fazê-la descansar. Vega também disse à Aleteia que Saldaño sofre de transtornos mentais, devido às condições insanas do "corredor da morte".
O advogado comentou que confia em que o Papa intercederá pela situação de Saldaño quando se encontrar com o presidente dos EUA, Barack Obama, que visitará a Santa Sé em 27 de março. O Papa provavelmente pedirá para que a pena de morte seja abolida e para que se respeite a sentença da Suprema Corte, que se pronunciou a favor de Saldaño, por considerar o julgamento "processualmente falho" por motivos de "discriminação étnica".


A mãe de Saldaño começou uma batalha legal (que dura quase duas décadas) para que seu filho seja transferido a uma prisão comum. Depois da última sentença negativa da justiça americana, a família espera uma nova sentença do tribunal da OEA (Organização dos Estados Americanos).

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