Diabetes está se tornando
rapidamente uma das doenças mais comuns do mundo. Portanto, existe uma
infinidade de desinformação e crenças em relação a este problema. É
extremamente importante separar o fato da ficção, e por isso apresentamos a
seguir oito dos mitos mais conhecidos referentes ao diabetes.
Mito 1: Comer muitos doces
causa diabetes.
“Todo o mundo sabe que o
grande consumo de doçuras dá diabetes.” Nada disso. O que causa diabetes é uma
disfunção na produção de insulina. Isso significa que o seu organismo tem que
se esforçar para transformar o alimento que você ingere em energia.
Normalmente, a comida é
transformada em glucose, um açúcar que dá energia às células. O pâncreas produz
insulina, um hormônio que auxilia as células a usar glucose como fonte de
energia.
Existem três tipos de
diabetes e nenhum deles é causado por consumo de açúcar.
Diabetes tipo 1 –
Normalmente diagnosticada na infância ou juventude. É quando o pâncreas não
consegue produzir insulina. As pessoas têm que tomar insulina para ajudar a
levar o açúcar até as células e impedi-lo de acumular-se no sangue.
Diabetes tipo 2 – Pode
afetar qualquer pessoa, em qualquer idade. É quando o pâncreas não produz
insulina suficiente, ou a insulina não age, ou as duas coisas. Estar acima do
peso pode acarretar este tipo de diabetes.
Outro tipo comum é o
diabetes gestacional, uma forma temporária da doença que pode surgir nas
mulheres durante a gravidez devido às mudanças hormonais que fazem com que a
insulina não funcione apropriadamente.
Mito 2: Você nunca mais
poderá comer suas comidas favoritas.
A ideia de que você passará
o resto de sua vida comendo coisas sem graça por causa do diabetes é amplamente
difundida e equivocada. Você não precisa dar adeus às comidas que adora;
simplesmente precisará pensar e agir de maneira diferente ao comê-las. Você
precisará mudar a maneira de preparar algumas refeições, talvez modificar os
pratos que acompanham suas comidas favoritas e, provavelmente, reduzir as suas
porções.
Mito 3: Você terá que
preparar alimentos separadamente por causa do diabetes.
Você pode estar pensando que
não será possível fazer uma refeição junto com a família e comer o mesmo que
eles. Isto não é necessariamente verdade. A dieta para diabéticos é muito
saudável e nutritiva para toda a família e não requer preparo em separado. A
pessoa com diabetes simplesmente precisa prestar mais atenção à quantidade de
calorias que consome e monitorar os tipos de carboidratos, gorduras e proteínas
na sua dieta.
Açúcares alternativos
Stévia: É o extrato de uma
planta que tem um sabor muito mais doce do que o açúcar e não tem calorias. Possui
o benefício de reduzir o açúcar no sangue e a pressão arterial. A stévia tem um
sabor característico e pode levar algum tempo para o usuário se ajustar. Não se
recomenda misturá-la a bebidas quentes, como chá ou café.
Eritrol: É um álcool
extraído de algumas espécies de algas e líquens, com baixo teor de calorias e
que não afeta os níveis de açúcar no sangue. É seguro para ingestão, porém, o
excesso pode causar problemas digestivos.
Xilitol: É outro álcool
encontrado em algumas frutas e verduras, menos calórico e sem efeito nocivo
sobre os níveis de açúcar no sangue ou de insulina. De maneira semelhante ao
eritrol, o xilitol pode causar problemas digestivos se for ingerido em grandes
quantidades. Essa substância demonstrou ser benéfica para os dentes e melhorar
a densidade óssea. Xilitol é altamente tóxico para os cachorros.
Mito 4: Carboidratos são
nocivos para os diabéticos.
Carboidratos fazem parte de
qualquer dieta saudável e não são nocivos para pessoas com diabetes.
Entretanto, é importante monitorar o seu consumo porque eles exercem grande
efeito sobre os níveis de açúcar no sangue. É mais prudente se informar com um
dietista ou nutricionista quais são os melhores para consumo, pois há
carboidratos mais nutritivos do que outros.
Mito 5: Você pode substituir
carboidratos por proteína
A capacidade dos
carboidratos para alterar os níveis de açúcar no sangue pode fazer os
diabéticos sentir-se tentados a reduzir seu consumo de carboidratos e compensar
com mais proteínas. Teoricamente, funcionaria. Porém, na prática, muitas
proteínas, como carne e queijo, são densas em gorduras saturadas. Consumi-las
em excesso pode aumentar o risco de problemas cardíacos.
Mito 6: Você pode tomar
medicamentos e comer o que quiser
Seria ótimo se houvesse uma
pílula que um diabético pudesse tomar e continuar comendo o que bem entendesse.
Medicamentos sozinhos não produzem o efeito desejado e uma mudança de hábitos
com orientação de especialistas deve acompanhá-los. Para aqueles que tomam
insulina, como muitas vezes é o caso, os pacientes aprendem a ajustar as doses
conforme a quantidade de alimentos ingeridos. Porém isso não significa que
possam comer tudo de tudo. É preciso manter a dieta para diabéticos para
estabilizar os níveis de açúcar.
Mito 7: Você só deve comer
alimentos dietéticos
Uma porção desses produtos
dietéticos não passa de enganação. Frequentemente, eles são bem mais caros e
não são mais saudáveis do que alimentos comuns. É importante ler os
ingredientes e prestar atenção ao número das calorias antes de decidir se
determinado produto serve para diabéticos ou não. Como sempre, em caso de
dúvida, é melhor consultar um nutricionista ou especialista em dietas.
Mito 8: Sobremesa nunca mais
Semelhante ao Mito 2, é preciso
reconsiderar as sobremesas. Existem várias opções doces e saudáveis para
saborear ao final de uma refeição. Você pode usar adoçantes artificiais (não
são nocivos se usados em pouca quantidade), açúcares alternativos, ou
experimentar expandir seus horizontes e incluir frutas e iogurtes. Você pode
tornar suas receitas mais nutritivas incluindo grãos integrais e óleo vegetal
ao preparar a sobremesa. Para muitas receitas, você pode substituir ou reduzir
o açúcar sem alterar a consistência ou perder o sabor. Outra tática é controlar
as porções. Considere a ideia de dividir a sobremesa com alguém ou saborear
apenas uma bola de sorvete.
Nota: As informações e
sugestões contidas neste site são meramente informativas e não devem substituir
consultas com médicos especialistas.
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