Para
que cantarei nas montanhas sem eco
As
minhas louvações?
A
tristeza de não poder atingir o infinito
Embargará
de lágrimas a minha voz.
Para
que entoarei o salmo harmonioso
Se
tenho na alma um de-profundis?
Minha
voz jamais será clara como a voz das crianças
Minha
voz tem as inflexões dos brados de martírio
Minha
voz enrouqueceu no desespero ...
Para
que cantarei
Se em
vez de belos cânticos serenos
A
solidão escutará gemidos?
Antes
ir. Ir pelas montanhas sem eco
Pelas
montanhas sem caminho
Onde a
voz fraca não irá.
Antes
ir - e abafar as louvações no peito
Ir
vazio de cantos pela vida
Ir
pelas montanhas sem eco e sem caminho, pelo silêncio
Como o
silêncio que caminha ...
(Senhor,
eu não sou digno)
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