Existe um homem que se
esmera no comprimento do dever para dar bom exemplo: Que fica humilde, quando
poderia se exaltar. Que chora à distancia, a fim de não ser observado. Que com
o coração dilacerado se embrutece para se impor como um juiz inflexível. Que na
ausência usam-no como temor para evitar uma ação menos correta. Que quase
sempre é chamado de desatualizado. Que apenas fisicamente passa o dia distante,
na labuta, por um futuro melhor. Que ao fim da jornada avidamente regressa ao
lar para levar muito carinho e, às vezes, pouco receber. Que está sempre pronto
a ofertar uma palavra orientadora ou relatar uma atitude benfazeja que possa
ser imitada. Que muitas vezes passa noites mal dormidas a decifrar os segredos
da vida, quando extenuado, ainda consegue energias para distribuir energias.
Que é tão humano e sensível, por isso, normalmente, sente a ausência do afeto
que lhe é dado raramente e de forma pouco comunicativa. Que vibra, se emociona
e se orgulha pelos feitos daqueles que tanto ama. Esse homem, geralmente, se agiganta e passa a
ser o valor inexorável quando deixa de existir para sempre. Nunca perca, pois,
a oportunidade de devotar muito carinho e amizade àquele que é seu melhor
amigo: SEU PAI.
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