Para
que cantarei nas montanhas, nos vales, nos montes, sem eco.
As
minhas louvações? As minhas canções?
A
tristeza de não poder atingir o infinito
Embargará
minha voz, as lágrimas a toldará meus olhos.
Ah! Entoarei um salmo harmonioso, de que valerá?
Não terei
uma voz clara como a voz das crianças
Minha
voz tem as inflexões dos brados de martírio,
De
angústia, de saudade,
Enrouquecida
no desespero ...
Para
que cantarei?
Se em
vez de cânticos belos, suaves e serenos.
A
solidão escutará gemidos, ais e lamentos?
Antes
ir pelas montanhas sem caminho, sem trilhas.
Melhor
calar uma voz fraca.
Sei,
melhor abafar as louvações no peito
Seguir
vazia pelos cantos da vida.
Pelos
os caminho, pelo silêncio
Um silêncio
que caminha ...
Readaptação:
Hilda Pereira
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