Páscoa ensanguentada por um
vil ataque. Pela terceira vez em poucos dias, os dias da Semana Santa, o Papa
incluiu uma condenação do terrorismo. Primeiro foi pela Bélgica, depois pelo
Iraque e agora pelo Paquistão. O mundo é sacudido pelas bombas dos traficantes
de morte, e Francisco reage com novos apelos. E oração.
“Ontem, no Paquistão
central, a Santa Páscoa foi ensanguentada por um execrável atentado que
provocou a morte de tantas pessoas inocentes, a maior parte delas famílias de
minoria cristã – especialmente mulheres e crianças – reunidas em um parque
público para passar com alegria a festa pascal”, disse ao meio-dia, em sua
aparição na janela do seu despacho pessoal no Palácio Apostólico do Vaticano.
Diante de milhares de
pessoas reunidas na Praça São Pedro do Vaticano, o Pontífice rezou a oração do
Regina Coeli, que no tempo pascal substitui o Angelus. Após abençoar a
multidão, manifestou sua proximidade a quantos foram golpeados por este “crime
vil e insensato”, e convidou para rezar pelas numerosas vítimas e seus entes
queridos.
Fez um apelo às autoridades
civis e a todos os membros daquele país, para que realizem todos os esforços
para dar novamente segurança e serenidade às populações e, em especial, às
minorias religiosas mais vulneráveis.
“Repito, mais uma vez, que a violência e o
ódio homicida conduzem somente à dor e à destruição; o respeito e a
fraternidade são a única estrada para se chegar à paz. Que a Páscoa do Senhor
suscite em nós, de modo ainda mais forte, a oração a Deus para que se detenham
as mãos dos violentos, que semeiam terror e morte, e no mundo possam reinar o
amor, a justiça e a reconciliação. Rezamos todos pelos mortos deste atentado,
pelos familiares, pelas minorias cristãs e étnicas dessa nação”, acrescentou.
Então, iniciou a oração de uma Ave-Maria em voz alta, ao qual se somaram os
presentes.
Ao menos 72 pessoas morreram
e 340 ficaram feridas depois que um terrorista suicida se fez explodir perto de
uma área infantil do parque Gulshn-e-Iqbal de Lahore, a segunda maior cidade do
Paquistão.
Antes deste apelo, o líder
católico refletiu sobre o “estupor e reconhecimento” do grande mistério da
ressurreição do Senhor, a Páscoa.
“A vida venceu a morte. A
misericórdia e o amor venceram o pecado! Existe a necessidade de fé e de esperança
para se abrir a este novo e maravilhoso horizonte. E nós sabemos que a fé e a
esperança são um dom de Deus e devemos pedi-lo: Senhor, dá-me a fé, dá-me a
esperança! Temos muita necessidade”, assinalou.
Pediu a todos para se
deixarem encher com as emoções que ressoam na sequência pascal, porque Cristo
ressuscitou de verdade e essa verdade marcou de modo indelével a vida dos
apóstolos que, após a ressurreição, sentiram novamente a necessidade de seguir
o seu mestre e, recebido o Espírito Santo, foram sem medo anunciar a todos o
que tinham visto com seus olhos e experimentado pessoalmente.
“Se Cristo ressuscitou
podemos olhar com olhos e coração novos para todos os eventos da nossa vida,
também aqueles mais negativos. Os momentos de obscuridade, de fracasso e também
de pecado podem transformar-se e anunciar um caminho novo. Quando chegarmos ao
fundo da nossa miséria e da nossa debilidade, Cristo ressuscitado nos dá a
força para nos levantarmos novamente. Se nos confiamos a Ele, sua graça nos
salva! O Senhor crucificado e ressuscitado é a plena revelação da misericórdia,
presente e atuante na história”, disse.
FONTE: http://pt.aleteia.org/2016/03/29/detenham-as-maos-dos-violentos-que-semeiam-terror-e-morte-pede-papa-francisco/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt-Mar%2030,%202016%2008:00%20am
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