PARIS, FRANCE - JANUARY 29, 2016 : Emannuel Macron,
the French Minister of Economy, gives his wishes to the French, the collective
name for all those working in the French startup market.
O ex-banqueiro e ex-ministro
da Economia Emmanuel Macron tornou-se, aos 39 anos, o presidente mais jovem da
França, à frente do Em Marcha!, um novo movimento centrista fundado por ele,
com o qual quer levar o país adiante.
Apesar de ser a primeira vez
que se submete ao veredicto das urnas, este homem de aparência cuidada,
praticamente desconhecido três anos atrás, sucederá o socialista François
Hollande após derrotar, neste domingo, a candidata da extrema-direita, Marine Le
Pen.
Macron entrou na política
pelas mãos de Hollande, mas rompeu com seu padrinho político em agosto de 2016,
para criar seu próprio movimento, o “Em Marcha!”, que agora tem mais de 250.000
afiliados.
Essa inesperada saída do
governo lhe rendeu uma chuva de críticas entre seus colegas socialistas – e
alguns tacharam-no, inclusive, de “traidor”.
A França não pode responder
aos desafios do século XXI “com os mesmos homens e as mesmas ideias”, diz este
homem que rechaçou os rótulos de esquerda e direita, ao lançar sua candidatura
à presidência, apresentando-se como uma alternativa aos políticos que
governaram o país há décadas.
Alguns viram nesta decisão
um salto no escuro, mas sua aposta deu certo. Este “novato na política”
derrotou no primeiro turno os grandes partidos de direita e de esquerda que
governaram a França nas últimas décadas.
Seu discurso, inspirado no
modelo escandinavo, seduz, sobretudo, os jovens urbanos e os círculos dos
negócios, mas desperta certo receio entre as classes rurais e populares, assim
como em parte da população, que o vê como o herdeiro de Hollande, o impopular
presidente socialista.
Produto do sistema
Embora se apresente como um
líder antissistema, seus críticos afirmam que ele é, justamente, um puro
produto do sistema.
Formado na Escola Nacional
de Administração (ENA), berço da elite política e intelectual francesa, começou
sua carreira meteórica como inspetor de Finanças antes de aterrissar no banco
Rothschild. Lá, subiu rapidamente até ser nomeado sócio gestor. Durante seus
anos como banqueiro, ganhou cerca de 2,4 milhões de euros.
Deixou o setor privado em
2012 para se tornar um dos assessores econômicos de Hollande, antes de dar o
grande salto para o Ministério da Economia. Foi nesses anos que começou a
cultivar sua ambição.
“Vi de dentro a vacuidade do
nosso sistema político”, descreveu ele, ao falar de sua experiência nas altas
esferas do poder.
Durante sua passagem pelo
governo, Macron lançou uma polêmica reforma para liberalizar a economia, que
pôs fim às travas para a abertura de lojas aos domingos e abriu a concorrência
em vários setores, como o de ônibus.
Macron “é muito mais
complexo do que se pensa, não é – de modo algum – um liberal desmedido”,
ameniza um de seus antigos companheiros no governo, Thierry Mandon.
Filósofo de formação
Emmanuel Macron nasceu em
1977, em Amiens (norte da França), em uma família de classe média.
Aos 16 anos, esse fã de
teatro e de literatura se apaixonou perdidamente por sua professora de Francês,
Brigitte Trogneux, 20 anos mais velha, uma história de amor atípica que
conquistou a imprensa.
Brigitte era casada e tinha
três filhos, mas se divorciou, e eles se casaram em 2007. Isso não impediu o
surgimento de boatos sobre a suposta homossexualidade do candidato, o que o
próprio desmentiu com bom humor.
Macron se graduou com louvor
no prestigioso liceu parisiense Henry IV e, depois, fez Mestrado em Filosofia.
Nos anos universitários,
trabalhou como assistente editorial do renomado filósofo francês Paul Ricoeur,
ajudando-o a publicar seu último livro.
Em sua época de estudante já
era “brilhante e carismático”, “um bom orador”, “com um perfil à la Barack
Obama”, segundo o deputado de direita Julien Aubert, um de seus colegas na ENA.
Sua curta carreira foi
marcada por algumas polêmicas, como quando afirmou que a vida dos empresários
é, “com frequência, mais dura do que a de um empregado”, ou quando declarou que
“muitos” trabalhadores ficaram sem emprego pelo fechamento de uma fábrica na
Bretanha porque eram “analfabetos”.
FONTE: http://pt.aleteia.org/2017/05/07/emmanuel-macron-um-novato-que-desbancou-os-politicos-tradicionais/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt
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