Dores nos joelhos é uma
queixa muito comum em idosos, que podem começar muito cedo devido ao atrito
sobre a cartilagem do joelho ou por causa de uma lesão. Infelizmente, o
organismo raramente repara este dano, pois essa cartilagem recebe muito pouco
fluxo de sangue, e é dessa forma que nosso corpo corrige problemas em um nível
celular. O tratamento padrão para isso é fazer pequenos buracos na área e
deixar o sangue fluir para otimizar o processo de cicatrização.
No entanto, esse método tem
dois problemas. O primeiro é que o tecido que vai se formando aos poucos
raramente substitui todo o tecido danificado, portanto a substituição nunca é
completa. A segunda é que o espaço pode ser preenchido com tecido cicatricial
em vez de uma nova cartilagem, o que não é realmente uma solução.
Mas um novo método publicado
recentemente na Revista de Medicina Translacional (Journal of Translational
Medicine) veio à tona. Diversos cientistas, incluindo a engenheira biomédica
Jennifer Elisseeff, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, propõem
o uso de um material de substituição – um hidrogel com algumas propriedades
especiais.
O gel, que tem a
consistência semelhante a uma geleia, é injetado no joelho como um líquido. No
entanto, uma vez exposto à luz UV, ele endurece, fornecendo uma espécie de
andaime para células-tronco se unirem e crescerem. A forma como ele é
construído envolve muitas ligações e fibras de entrecruzamento para fornecer
uma estrutura muito forte e estável.
Para testar isso, Elisseeff
e sua equipe tentaram o método em 15 pacientes. Eles colocaram o hidrogel
líquido na cartilagem danificada dos pacientes. Depois disso, os cirurgiões
expuseram a região à luz UV e endureceram os polímeros no gel.
Os resultados foram muito
promissores. A nova cartilagem preencheu 86% da área afetada. O resultado foi
comparado em três indivíduos que foram tratados da maneira comum, que preencheu
64% da região. Além disso, os pacientes que receberam o tratamento com hidrogel
relataram uma dor consideravelmente menor do que os pacientes do outro grupo,
submetidos ao tratamento comum.
No momento, estudos mais
aprofundados estão sendo realizados para testar este método, mas os resultados
parecem promissores, segundo Farshid Guilak, um cirurgião ortopédico da
Universidade Duke, nos Estados Unidos. Ele acrescenta que, com o avanço dos
tratamentos com células-tronco, a eficiência desse sistema só vai crescer, pois
poderemos usar as próprias células do corpo para facilitar o crescimento mais
rápido da cartilagem, e assim fazer com que os pacientes possam voltar a ter
uma vida normal e sem dores.
FONTE: http://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=8791
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