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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

CRIADOR DA CAMPUS PARTY: “A TECNOLOGIA VAI CRIAR UM SOCIALISMO MUNDIAL DENTRO DE 50 ANOS”

Diante deste cenário imaginado, cabe uma reflexão católica mais aprofundada sobre ao menos três conceitos: trabalho, igualdade e prazer.


A Campus Party é um evento aberto de tecnologia criado há 19 anos e que acontece em vários países da Europa e da América, reunindo um público interessado nos avanços da técnica para conferir novos produtos e serviços e participar de conferências e debates. Um dos fundadores do evento é o espanhol Paco Ragageles, que, nesta semana, deu uma palestra na edição 2016 da Campus Party Brasil, em São Paulo, cujo tema é “Feel The Future” (“Sinta o futuro“).

Segundo Paco Ragageles, a tecnologia deverá criar um “modelo socialista mundial” dentro de no máximo 50 anos: não existirão mais nem dinheiro, nem empregos. “A revolução tecnológica, junto com a revolução quântica, vai mudar absolutamente tudo”, afirma ele, citando alguns exemplos: a energia solar vai dar fim ao setor que hoje move 24% do PIB mundial; os robôs vão realizar quaisquer trabalhos manuais; as impressoras 3D vão imprimir de tudo; os transportes vão ser autônomos.

“Acreditamos que o limite para o mundo que conhecemos é de 50 anos. E precisamos nos adaptar a isso se não quisermos viver um tempo de caos (…) Eu acredito que vai ser uma era de oportunidades. Se as máquinas trabalham, os humanos podem explorar, pesquisar, aprender, ter tempo para o prazer e para as diversões. Não vai mais existir o dinheiro, não precisa existir, e seremos mais humanos”.

O modelo apresentado por Paco Ragageles é o de uma “sociedade igualitária”. Ele imagina que “a riqueza gerada pelas máquinas deve ser distribuída igualmente a toda a sociedade. Todos terão acesso, não só alguns (…) Vamos educar os nossos filhos não para perseguir o sucesso, mas para descobrir o que eles querem fazer, como ser felizes”.

Em vista dessa perspectiva, a Campus Party propõe a criação de uma rede aberta de ideias para “entendermos juntos como devemos evoluir”, complementa ele.

Três reflexões católicas

Diante da visão de futuro proposta por Paco Ragageles, são oportunos alguns pontos de reflexão para nós, como católicos, dos quais destacamos três:

1. O conceito de trabalho

Uma coisa é emprego, outra coisa é trabalho. Sabe-se por experiência que nem todos os empregados trabalham, assim como nem todos os que trabalham são empregados. O que Paco prevê é o fim dos empregos, a ser absorvidos pela automação – e não o fim do trabalho, que passaria a ser exercido de modo independente de remuneração. De fato, o trabalho não precisa (nem deve) ser visto como um “mal necessário” ou como mera “punição” à humanidade: pelo contrário, a doutrina da Igreja enxerga no trabalho um valor que dignifica o homem, uma atividade na qual se concretiza a sua vocação de amor ao próximo e de superação pessoal, a sua missão de cuidar da Terra e “dominá-la” em sentido construtivo e responsável. Mas será que realmente cabe esta visão do trabalho-realização num suposto cenário de não-necessidades materiais? 

Todas as pessoas, ou pelo menos a maioria delas, compartilhariam desta visão do trabalho como fator de realização humana caso não precisassem dele como fonte de remuneração? Ou o resultado de um suposto mundo sem “necessidade de trabalho” seria uma acomodação generalizada de gerações longamente alimentadas por ideais de hedonismo sem limites? Seria sustentável um mundo sem dedicação a trabalhos não necessariamente prazerosos, mas ainda necessários? É realista imaginar o trabalho completamente “livre” de quaisquer aspectos de exigência, esforço e abnegação? É possível que todos cheguem um dia a fazer somente o que lhes agrada?

2. O conceito de igualdade

A ideia de uma sociedade humana “igualitária” é recorrente ao longo da história, mas jamais pôde concretizar-se. O fracasso das tentativas de implantação de uma sociedade de “todos iguais” costuma ser atribuído, pelos seus defensores, a fatores estruturais – mas será mesmo que a sua causa não é a própria natureza humana, que, talvez, simplesmente nunca se concretiza em dois indivíduos perfeitamente idênticos? O fato observável, até o momento, é que não existem duas pessoas iguais em tudo. 

E os indivíduos não apenas têm características naturais e talentos desenvolvidos em graus diferentes: mesmo as duas pessoas mais aparentemente semelhantes aplicam “doses” diferentes de esforço, dedicação, perseverança e excelência nas coisas que fazem. Levando-se em conta esse dado concreto da antropologia, que tipo de “igualdade” é realmente possível em termos de acesso dos indivíduos a bens materiais? Supondo-se que seja mesmo implantável um cenário de “total igualdade de acesso à riqueza”, durante quanto tempo ele seria sustentável sabendo-se que há pessoas mais esforçadas e pessoas menos esforçadas? Como seria mantida a produção e a preservação da riqueza disponível se todos tivessem o mesmo acesso a ela, independentemente do próprio esforço ou da falta dele? A resposta às desigualdades provocadas pela injustiça na sociedade atual seria um igualitarismo baseado na “nova” injustiça de se abstraírem os diferentes graus de merecimento individual?

3. O conceito de prazer

O prazer, grosso modo, costuma ser entendido mais imediatamente em seu sentido físico, ligado a sensações do corpo e da mente, e, portanto, a experiências sensoriais como as fornecidas pelo sexo, pela bebida, pela gastronomia, pelas atividades físicas que acionam mecanismos de bem-estar, pelo descanso do corpo em contato com cenários agradáveis de clima e ambiente, pelo uso de drogas que alteram a percepção… 

Mas será que a felicidade que todos almejam, aquela que seria profunda e duradoura, está ligada necessariamente a experiências “sensíveis”? Até que ponto é viável um prazer que, nesta acepção, seja duradouro? É esperável esse tipo de cenário? Que tipo de progresso é necessário para que a humanidade realmente aprenda a gerenciar a experiência do prazer – e da falta dele?


FONTE: http://pt.aleteia.org/2016/01/28/criador-da-campus-party-a-tecnologia-vai-criar-um-socialismo-mundial-dentro-de-50-anos/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=topnews_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt-

ARTE EM FLORES SECAS

A artista polonesa Elżbieta Wodała usa uma vida que já se foi para dar nova vida às suas obras de arte únicas. Suas "pinturas" são feitas através de uma colagem de diferentes tipos de sementes, folhas, pétalas e muitas outras partes secas de plantas, que ela encontra na natureza, parques, jardins, florestas e prados.

Wodała explicou em entrevistas que sua alegria e descontração enquanto está fazendo essas peças vêm de saber que ela está dando uma nova vida e significado a essas belas plantas.
















FONTE: http://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=4921




quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A MISERICÓRDIA TEM “OLHOS PUXADOS”. A HISTÓRIA DE ZHANG AGOSTINO, PRESIDIÁRIO DE ORIGEM CHINESA CONVERTIDO AO CRISTIANISMO

“Nas lágrimas de minha mãe e nos encontros entre aas grades recebi a visita de Jesus”



misericórdia tem olhos puxados. Esta é a história de Zhang Agostino Jianqing, chinês de 30 anos emigrado com a família para a Itália em 1997. Zhang está preso há 11 anos, e ainda deve cumprir outros 9 anos na prisão – consequência de erros cometidos em sua juventude turbulenta e irriquieta. “Aqui estou para dar testemunho de como a misericórdia de Deus transformou minha vida”, diz ao tomar palavra na cerimônia de lançamento do livro de entrevistas do Papa Francisco, “O Nome de Deus é Misericórdia”, realizada no Vaticano. Sim, no Vaticano; algo que mesmo Zhang poderia esperar. Mas cada etapa de sua história é de fato surpreendente, até mesmo para ele próprio. 

Zhang chega à Itália aos 12 anos de idade, e já matriculado na escola inicia seu percurso de adaptação. Mas logo se entendia com os estudos, começa a faltar às aulas, e entra em choque com os pais. Distancia-se da família e passa noites fora de casa: “meu único interesse era a diversão, sentir-me poderoso”, “e em pouco tempo havia me tornado uma pessoa violenta e superficial”. Até cometer um grave crime e ver-se, então com apenas 19 anos, condenado à pena de prisão por 20 anos. É transferido para a penitenciária de Belluno, onde passa a receber visitas de um voluntário de nome Gildo. Zhang lembra suas dificuldades com o idioma “não falava quase nada de italiano”; “em nossos encontros, passávamos mais tempo fitando-nos um ao outro do que propriamente falando”. “Bastava-lhe seu olhar para expressar sua compaixão por mim. Isso por vezes era tudo o que me sustentava”. Tornaram-se grandes amigos – Gildo mais tarde viria a ser seu padrinho de Batismo. “Foi o primeiro presente que Deus me enviou”, lembra Zhang com os olhos cheios de lágrimas. 

Sua mãe, toda semana, viajava 700 quilômetros para visitá-lo na prisão. E chorava ao vê-lo. Suas lágrimas começam a amolecer o coração endurecido de Zhang: “ver seu rosto coberto de lágrimas me ajudou a olhar para dentro de mim mesmo, compreender o mal que havia causado à minha família e à família da vítima. Meu coração tremia de dor, sentia-me em pedaços. Surgia dentro de mim um desejo de mudar para melhor. Nascia em mim o desejo de que todo esse sofrimento pudesse ser transformado de alguma forma em felicidade”.

Em 2007, Zhang é transferido para Pádua. Ali, começa a trabalhar no presídio junto à cooperativa Giotto. Conhece um conterrâneo, Je Wu, e depois Andrea, que lhe fazem companhia. “Vi que aquele meu amigo ficava cada dia mais feliz, até que decidiu converter-se ao cristianismo e batizar-se. Testemunhar algo assim, trabalhar de perto com pessoas como estas, paulatinamente despertaram em mim o desejo de ser também feliz como eles”. Curioso, Zhang começa a frequentar as Missas: “ao ouvir os cantos e as palavras do Evangelho, pude experimentar uma alegria que nunca havia experimentado antes em minha vida”.

Em companhia de outros detentos e pessoas da cooperativa, Zhang reforça seu desejo de conversão: “o caminho que vinha trilhando fortalecia a cada dia meu desejo de tornar-me cristão”. Mas como explicar isso a seus pais? Sua família era budista e sua mãe muito religiosa; não queria dar-lhe mais esse dissabor. Seu tormento interior perdura até a Sexta-feira Santa de 2014. 

Zhang, a convite de seus amigos, participa do rito da Via Crucis; e, ao final da cerimônia, todos os presentes se aproximam da cruz para beijar o Cristo, mas ele se detêm: “não pude fazê-lo, sentia-me como se estivesse a trair minha mãe mais uma vez”. Ao sair da capela, porém, sentia “o coração chorar de remorso” por não ter beijado a Jesus na cruz. “Na dor daquele momento, compreendi o quanto amava a Jesus, e que já não era mais possível ignorar essa verdade”.

Chama sua mãe e, abrindo seu coração, pede-lhe permissão para converter-se ao cristianismo e batizar-se. “Minha mãe permaneceu em silêncio por cinco minutos; aqueles pareceram-me os cinco minutos mais longos de minha vida. Depois, com lágrimas nos olhos, disse-me: “se acredita que esta é a coisa certa a fazer, faça-a; de outro modo, me faria sofrer ainda mais”. “Pude sentir a presença do Senhor ao descobrir um outro amor de minha mãe, um amor como aquele de Maria”. E assim Zhang é batizado em 11 de abril de 2015, véspera do Domingo da Misericórdia, na capela do presídio.

 “Quis que fosse assim; ser batizado no local e na companhia dos amigos que comigo estavam quando Jesus veio ao meu encontro, quando conheci Jesus”. Lembrando as palavras do Evangelho “adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver”, compreendeu que os amigos que havia feito na prisão haviam sido enviados por Jesus para buscá-lo. 

E decidiu ser batizado com o nome de Agostino, comovido pelas tantas lágrimas derramadas por Santa Mônica por conta das faltas de seu jovem filho – que mais tarde se tornaria Santo Agostinho. “É uma história como a minha; minha mãe também chorou um rio de lágrimas, na esperança de que eu reencontrasse o sentido da vida”.


FONTE: http://pt.aleteia.org/2016/01/26/a-misericordia-tem-olhos-puxados-a-historia-de-zhang-agostino-presidiario-de-origem-chinesa-convertido-ao-cristianismo/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=topnews_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt-

A MORTE DAS CIÊNCIAS HUMANAS VAI MATAR TAMBÉM AS EXATAS

É crucial reconhecer que as descobertas nascem da curiosidade.


A ciência está matando as humanidades: eu não sou o primeiro a afirmar isto, nem serei o último. Os líderes norte-americanos estão apressando essa morte, seja por causa das suas prioridades, seja por causa das suas opções políticas. Enquanto muitos estudiosos provavelmente vão lamentar o fim das humanidades, outros já começaram a aceitar estoicamente a ideia de que não vale a pena tentar salvar as ciências humanas.

John Ellis escreve sobre este declínio:

“Os cursos que oferecem uma visão geral das realizações da cultura ocidental foram abolidos em quase todos os lugares; os cursos obrigatórios sobre a história e sobre as instituições desta nação também foram deixados de lado e até as faculdades de literatura deixaram de exigir Shakespeare como parte essencial da literatura inglesa. Mesmo quando cursos anteriormente obrigatórios ainda são oferecidos como opcionais, costuma-se apresentá-los a partir de uma perspectiva preconceituosa do nosso passado cultural, o que tende a desencorajar estudos mais aprofundados”.

Ellis identifica uma tendência real, embora não muito inteligível: ler Shakespeare pode até deixar de ser exigido, mas quem se formar em literatura inglesa sem ter lido Shakespeare deverá ter realizado uma tarefa hercúlea para se desviar de Hamlet, Otelo ou Macbeth.

No entanto, mesmo que as faculdades de ciências humanas, em seu estado atual, não desapareçam, Ellis não responde se as ciências humanas, tais como devem ser ensinadas, ainda valem a pena. Ele pode não ter uma resposta, mas eu gostaria de declarar um sonoro “sim”. Hoje nós podemos assistir às ciências matando as humanidades, mas amanhã vamos perceber que a morte das humanidades vai matar também as ciências.

Alguns anos atrás, em uma conferência sobre a chamada “educação STEM” (ciência, tecnologia, engenharia e matemática, na sigla em inglês), especialistas dentre os mais importante dos EUA se reuniram para lamentar que estávamos todos “condenados”, porque “não havia alunos suficientes interessados em ciências”. Alguns dos palestrantes tinham credenciais impressionantes: um dos oradores era Dean Kamen, o inventor do Segway; outro era Bill Nye, o “Science Guy”.

Eu participei de grupos de discussões específicas naquele evento e tive a sensação de que os professores de ciências nos EUA estavam estranhamente desconectados da maneira como as pessoas vivem e pensam. A maioria das recomendações que eles traziam soava banal: “Precisamos mudar a imagem cultural que as pessoas têm do cientista nerd”, repetiam.

Mas, de forma mais ampla, o problema com esses eventos é o seu objetivo, que, basicamente, é o de ajudar a encontrar substitutos para os atuais trabalhadores dos ramos de exatas. Enquanto eles se lamentavam porque “os jovens norte-americanos não estão interessados nos trabalhos científicos que nós temos para eles”, eu não podia deixar de me lembrar de uma passagem do livro “Coração das Trevas”, de Joseph Conrad, para a qual William Deresiewicz tinha chamado a minha atenção em certa ocasião:

“Ele estava empregado nisso desde a mocidade. Era obedecido, mas não inspirava nem amor, nem medo; nem mesmo respeito. Ele inspirava mal-estar. Isso, apenas mal-estar. Não era uma desconfiança definida; apenas mal-estar, nada mais. Você não tem ideia do quanto pode ser eficaz uma… uma… capacidade desse tipo. Ele não tinha nenhum grande talento para organizar, nem para tomar a iniciativa, nem sequer para comandar… Ele não tinha nenhum conhecimento, nem inteligência. Seu cargo tinha chegado até ele. Por quê? Ele não originava nada, ele apenas mantinha a rotina; só isso. Mas ele impressionava. Ele impressionava graças a essa pequena coisa, essa impossibilidade dizer o que controlava um homem daqueles. Ele nunca revelou esse segredo”.

Como Deresiewicz aponta, esta é a descrição perfeita da burocracia: ela está cheia de gente que mantém o status quo, mas não de gente que define qual é o status quo. Isso não quer dizer que as pessoas presentes na conferência fossem todas burocratas; algumas delas eram empreendedoras, realizadas; e tinham que ser, para terem chegado até a posição que ocupavam. Mas elas queriam, essencialmente, treinar a próxima geração para ocupar papéis precisos e para ter o preciso conhecimento que elas próprias tinham.

Não é assim que o mundo funciona. Os problemas de amanhã são sempre diferentes dos problemas de hoje. As soluções que funcionam hoje não vão responder a todas as questões que surgirão na próxima década. Adaptar-se ao amanhã só é possível a partir do próprio ato de se viver em sociedade. E isto é assim porque aquele adágio surrado que diz que “a necessidade é a mãe da invenção” é pura verdade: quanto mais as pessoas precisarem (ou pensarem que precisam), mais elas vão inventar.

Há uma abundância de sociedades que têm ou tiveram sistemas educacionais dedicados quase exclusivamente à formação de estudantes de ciências e de engenharia. A China faz isso hoje, assim como a União Soviética o fez em seu tempo. Mas, apesar de estar na moda declamar que a escassez de habilidades em matemática e ciências põe o nosso futuro em risco, este medo não se mostrou matematicamente verdadeiro no passado. O Japão é bem posicionado nos rankings de desempenho acadêmico, mas o seu desempenho econômico não tem refletido este sucesso.

Educadores e tecnocratas acreditam, erroneamente, que já sabemos ou já pensamos em tudo de que precisamos para o próximo boom econômico ou para a próxima revolução científica. Tudo seria apenas questão de dar à próxima geração as respostas que nós já temos. Acontece, porém, que é menos importante treinar as pessoas para chegarem à próxima fronteira do que educá-las para discernirem quais são as fronteiras que vale a pena cruzar. Teoricamente, é para isso que existe a educação nas artes liberais. Na prática, isso nem sempre é verdade: as faculdades de humanas tenderam de tal forma ao pensamento de grupo na geração passada que provavelmente não melhoraram as habilidades de pensamento crítico dos alunos nem a sua criatividade.

Mesmo que as artes liberais já não sirvam ao seu propósito tradicional, no entanto, isso não significa que esse objetivo não seja valioso. O valor principal de uma educação em artes liberais é que ela incentiva o debate e a discordância. Diferentemente da matemática, é raro que haja nas artes liberais uma resposta claramente correta. Algumas declarações sobre arte ou literatura são mais verdadeiras do que outras, mas nunca há uma perspectiva que possa servir indefinidamente. Isto ocorre porque o “melhor que já foi pensado e dito” foi mudando ao longo do tempo; mais ainda: o mundo foi mudando. O “Édipo Rei”, de Sófocles, ou o “Frankenstein”, de Mary Shelley, não podem nos dizer definitivamente o que devemos pensar sobre o cientificismo ou sobre o pós-humanismo, mas nos forçam a enfrentar os cantos mais escuros do iluminismo para os quais relutamos em voltar os olhos.

As ciências humanas, entretanto, podem fazer mais do que nos ajudar a entender o que não deveríamos estar fazendo: elas podem nos ajudar a contemplar o que deveríamos fazer. Podemos estar bem longe do mundo clássico que separava as artes liberais (artes liberales) das artes técnicas (artes serviles), mas as artes liberais ainda são indispensáveis porque fomentam a curiosidade intelectual e o desejo de aprender pelo prazer de aprender. As ciências também podem fazer isso: alguns cientistas atingem marcos importantes mesmo sem a capacidade de pensar criativamente. Mas os professores de ciências nem sempre entendem as implicações do campo em que querem educar: se eles acreditam que podem fornecer toda a educação de que as pessoas precisam para o futuro, eles já falharam. As ideias não são um instrumento para o futuro, mas são, em si mesmas, objetivos dignos de busca.

As iniciativas educacionais geralmente focam no currículo, mas promover a curiosidade intelectual não é algo facilmente descritível num currículo. Essa tarefa depende da cultura da escola e dos valores dos alunos e dos instrutores. De qualquer forma, nenhum educador deveria começar a elaborar uma política educacional sem reconhecer que a próxima revolução tecnológica não virá de pessoas que sempre têm a resposta certa, mas de pessoas cuja aprendizagem as dotou de curiosidade intelectual suficiente para se sentirem à vontade mesmo quando obtêm a resposta errada.


FONTE: http://pt.aleteia.org/2016/01/26/a-morte-das-ciencias-humanas-vai-matar-tambem-as-exatas-2/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=topnews_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt-

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

13 FORMAS SURPREENDENTES DE USAR A MAÇÃ

A maçã é uma das frutas mais populares do mundo, e com razão: é saborosa, muito saudável e com formas, sabores e cores diferentes. E você sabia que, além de um ótimo alimento, a maçã tem outras diversas utilidades? Veja agora 13 formas de utilizá-la.


1. Para enxaqueca

As enxaquecas podem beirar o insuportável em alguns casos, de tão fortes. No entanto, cientistas descobriram que cheirar uma maçã verde pode aliviar a dor e o desconforto causados pela enxaqueca.


2. Evitar que o açúcar cristalize

O açúcar mascavo é muito mais saudável que o branco ou cristal, pois é mais puro e com menos produtos químicos. O único problema é que, mesmo em um recipiente fechado, surgem caroços e grumos que são muito difíceis de dissolver. Para evitar que isso aconteça, pegue um pedaço de tecido, coloque uma fatia de maçã, amarre (ou costure) e coloque no recipiente do açúcar. A maçã vai evitar o surgimento das pedrinhas açucaradas.

3. Deixar frutas mais maduras

Você foi à feira ou ao supermercado e comprou algumas frutas ainda verdes e quer consumi-las? Pois saiba que algumas frutas emitem um gás chamado etileno, que retarda o amadurecimento das frutas. Coloque uma maçã no meio delas para desacelerar este gás e, assim, suas frutas vão amadurecer mais rápido.


4. Preservar pães e bolos

Os pães e bolos fresquinhos que você compra na padaria perdem a umidade rapidamente após abrir a embalagem, principalmente o pãozinho francês. Para evitar que sequem tão rápido, coloque os pães e bolos em um recipiente junto com meia maçã para mantê-los frescos por mais tempo.

5. Limpeza em geral

Ao invés de usar aquele produtos de limpeza muito químicos, pesado e até caros, por que não usar vinagre de maçã? Sim, é isso mesmo, o vinagre desta fruta serve para eliminar odores e é um ótimo antisséptico. Pegue um borrifador e coloque uma parte de vinagre e outra de água. Mexa bem e você terá um produto de limpeza eficaz e mais saudável.

6. Adoçante natural

A maçã pode ser um ótimo substituto para o açúcar, pois contém frutose, o açúcar natural das frutas, e é muito mais saudável, até mesmo para diabéticos ou pessoas que estão em dieta de perda de peso que usam adoçantes industrializados. Rale um pedaço da fruta e coloque no seu suco, você vai sentir a diferença.

7. Máscara facial

A maçã é rica em pectina, um ótimo aminoácido que faz muito bem para a pele. Esta é uma ótima dica para deixar seu rosto limpo e saudável: rale uma maçã e misture com um pouco de mel, depois aplique sobre a face. Deixe agir por até 20 minutos e lave em seguida.


8. Acabar com enjoos

Enjoos são muito desconfortáveis e podem acontecer em diversas situações. Algumas pessoas sofrem de enjoos enquanto dirigem ou fazem uma viagem de carro, ou em dias muito quentes. Se isso acontecer, basta comer uma maçã verde que a sensação de náusea vai embora.

9. Tratar alergias

A maçã contém um aminoácido chamado quercetina, que ajuda a fortalecer o sistema imunológico e combate um componente chamado histamina, responsável pelo surgimento de alergias, edemas, coceiras e vermelhidão na pele. Se você sofre com este problema, o ideal é consumir maçãs com regularidade, e até mesmo passar uma fatia da fruta sobre a área afetada para aliviar o desconforto dessas alergias.
10. Preparar uma bebida especial

As vodcas com sabor se tornaram muito populares mundo afora e, com isso, os preços também subiram muito. Que tal fazer a sua própria vodca com sabor de maçã? Basta cortar algumas maçãs sem casca e colocá-las em um recipiente. Cubra-as com vodca, feche bem o recipiente, e deixe descansar por alguns dias. Se o sabor da fruta ainda não estiver do seu gosto, deixe agir por mais alguns dias.


11. Aperitivo canino

Quem tem cães sabe que a melhor forma de alimentá-los é com ração, mas alguns alimentos podem ser dados a eles, por serem muito saudáveis. É o caso da maçã. Ao invés e comprar aqueles biscoitos caninos que contém produtos químicos, dê ao seu cão alguns pedaços da fruta, ou até mesmo a maçã inteira para que eles possam comer e se divertir ao mesmo tempo. Mas retire as sementes, pois elas contém cianeto, que é um veneno natural.

12. Acabar com pulgas

Vinagre de maçã é ótimo para acabar com pulgas. Misture partes iguais de água e vinagre, passe no pelo de seus animais e massageie suavemente para que possa agir na pele do animal. O vinagre vai acabar com as pulgas.

13. Acertar o sal da comida
Salgou a comida? Coloque alguns pedaços de maçã no preparo para que ela absorva o excesso de sal. Deixe agir por alguns minutos e prove a comida novamente até estar do seu gosto.

RECEITA DE HOJE: TORTA SALGADA FEITA DE PÃO!

Eu estou pra conhecer alguém que não goste de pão, não é mesmo? Então, nada melhor que uma torta salgada feita justamente com ele!
Além de barata e super fácil de fazer, a maior vantagem dessa torta é sua versatilidade: você pode usar os ingredientes sugeridos aqui, ou deixar sua imaginação rolar e fazer a sua própria versão! Você pode usar apenas ingredientes vegetarianos, trocar o pão branco por pão integral, fazer uma versão um pouco mais saudável usando maionese light, acrescentar temperos diferentes, adicionar frango desfiado ou carne moída, mudar os ingredientes de acordo com a estação do ano... As possibilidades são infinitas!


INGREDIENTES:
1 pacote de pão de forma sem casca;
500 g de maionese;
1 lata de creme de leite com soro;
Meio copo de leite;
Meio copo de parmesão ralado;
6 colheres de sopa de azeite;
Meio copo de salsinha picada (use cenoura ou beterraba se quiser outra cor).

SUGESTÃO DE RECHEIO:
1 copo de cenoura ralada;
1 copo de presunto cortado em cubos;
1 copo de parmesão ralado;
Meio copo de azeitonas picadas;
Meio copo de bacon frito em cubos.
SUGESTÃO DE DECORAÇÃO:
2 copos de batata-palha, misturados com 1 copo de parmesão ralado;
1 copo de cenoura ralada;
Flor de tomate, azeitonas e salsinha para enfeitar.
PREPARO
1. Coloque no liquidificador a maionese, o creme de leite, o leite, o parmesão o azeite e a salsinha. Bata por 2 minutos e reserve.
2. Em uma tigela separada, misture todos os ingredientes do recheio.
3. Monte a torta em uma bandeja ou travessa, intercalando camadas de pão, creme e recheio, como mostrado no vídeo. Lembre-se sempre de colocar uma camada fina do creme nos dois lados do pão, para que fique macio.
4. Cubra toda a torta, inclusive os lados, com o que sobrou do creme e leve à geladeira por duas horas.
5. Cubra com a mistura de batata-palha e decore como quiser.
6. Sirva e se delicie!
Fonte: http://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=4896


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Piada do dia: O Americano e o Brasileiro


Um brasileiro, residente na cidade do Rio de Janeiro, cidade com grande concentração de turistas, tomava tranquilamente o seu café da manhã logo cedo, em uma padaria em Copacabana. Então surge um típico turista americano, mascando chicletes. O brasileiro olha e nem se importa, mas o americano resolve sentar ao seu lado no balcão e começa a puxar conversa, em um português com o típico sotaque de gringo.


Ei, você come este pão inteirinho?
E o brasileiro, já de mau humor:

— Claro.

— Nós não. Nós comemos só o miolo. A casca nós vamos juntando em um contêiner, depois processamos, transformamos em biscoitos salgados e vendemos para o Brasil.


O brasileiro se irrita, mas prefere não responder. Só quer tomar tranquilamente o seu desjejum, mas o americano, ainda mascando seu chiclete, insiste na conversa:

— E esta geleia no seu pão? Vocês consomem muita geleia?

O brasileiro, lacônico.

— Acho que sim.

— Nós não. Nos Estados Unidos comemos frutas frescas, jogamos todas as cascas, sementes e bagaços em contêineres, depois processamos, transformamos em geleia e vendemos para o Brasil.

O brasileiro irritadíssimo continua quieto, mas o americano, mascando o chiclete, continua:

— E essa manteiga? Aqui vocês comem todos os dias?

O brasileiro (calado mas furioso) nem responde e ele:

— Nós não. Tomamos leite fresco, mas dispensamos a nata e a gordura, guardamos em contêineres, depois processamos, transformamos em manteiga e vendemos para o Brasil.


Aí o brasileiro decide responder:

— E o que vocês fazem com as camisinhas depois de usadas?

O americano:

— Jogamos fora, é claro!

— Nós não. Vamos guardando tudo em contêineres, processamos, transformamos em chicletes e vendemos para os Estados Unidos!

domingo, 24 de janeiro de 2016

PRINCÍPIO ANTRÓPICO – O UNIVERSO PODIA SER DIFERENTE?

Dizem que Einstein defendia que a grande questão era se Deus teve ou não escolha ao criar o universo.

No artigo Princípio Antrópico – um universo sob medida, mostrei algumas evidências que a ciência vem descobrindo e acumulando nas últimas décadas sobre como o universo parece se encaixar perfeitamente à vida. Não digo vida humana, mas vida em geral. É incrível que apesar da vida ser tão frágil, a Terra abrigue todas as condições para o surgimento e a manutenção dos seres vivos. 

Como tentei mostrar na última coluna, estas condições de que dispomos aqui na Terra são realmente muito especiais no sentido de que dependem fortemente das leis físicas. Se estas fossem ligeiramente diferentes do que são, não seria possível haver vida aqui ou em qualquer outra parte do Universo. Aliás, haver vida em outro lugar do universo é algo tão provável quanto haver vida aqui, ou seja, é algo certo. Que tipo de vida, não sabemos. Mas hoje as evidências de que o universo abriga inúmeros locais bons para a vida vêm se acumulando com muita rapidez.

A constatação de que as leis físicas são como que “ajustadas” para a vida no universo é o chamado “ajuste fino” das leis da natureza. A partir dele alguns cientistas, filósofos e teólogos defendem a existência de um “Princípio Antrópico”. Como também falei na última coluna, há vários tipos de formulações para o Princípio Antrópico. Porém, duas formas são as mais comuns, são as chamadas “Forma Suave” (ou Fraca) e “Forma Forte”. Quero discutir estas formas com mais detalhes e também as críticas e defesas delas. No fundo, esta questão não passa da velha discussão sobre acaso e necessidade nas leis físicas.

Como há muitas formulações diferentes para o Princípio Antrópico, vou usar as definições de um livro famoso sobre o assunto: “The Anthropic Cosmological Principle”  de John Barrow e Frank Tipler. Eles definem as duas versões do Princípio assim:

Princípio Antrópico Suave (ou fraco) (PAS):  Os valores observados de todas as quantidades físicas e cosmológicas não são equiprováveis, mas assumem valores restritos pela exigência de que existem locais onde a vida baseada em carbono pode evoluir e também pela exigência de que o Universo é antigo o bastante para que isso já tenha acontecido.

Princípio Antrópico Forte (PAF): O universo deve, obrigatoriamente, ter as propriedades necessárias para permitir o desenvolvimento da vida em algum estágio de sua história.

Há pelo menos outras duas formulações alternativas bem conhecidas, mas estas duas que apresentei são as mais famosas e também mais discutidas. Alguns críticos com tendências à ironia dizem que o PAS não passa de dizer que “o universo é como é porque é!”. A ironia não é falsa, mas como toda ironia, descarta aspectos interessantes com muito facilidade. Uma história famosa vai ajudar a explicar o que quero dizer.

Por volta de 1950 a Mecânica Quântica e a Física Nuclear estavam em alta e pela primeira vez começava-se a vislumbrar os mecanismos que geram a energia das estrelas. Sabia-se que a responsável pela energia era a fusão nuclear, mas ainda não se compreendia bem quais eram os mecanismos. Uma reação nuclear chamada de triplo-alfa era invocada como parte da explicação. 

Nela, três núcleos de Hélio (partículas alfa) colidem e formam um núcleo de Carbono. O problema é que esta reação teria baixa probabilidade e portanto não poderia formar todo o Carbono observado no Universo. Fred Hoyle, um dos maiores Astrofísicos que já houve (aliás, foi quem cunhou o termo “Big Bang”), raciocinou por meio do Princípio Antrópico: se há Carbono do universo, então esta reação deve ser favorecida de algum modo. Ele previu que este favorecimento se dava por meio de uma ressonância do Carbono e estimou a energia. Acertou na mosca!

Ou seja, o PAS pode ser um tanto óbvio por dizer que já que vemos vida no universo, as leis físicas devem permitir que haja a vida, porém, é possível fazer previsões a partir desta simples constatação. Afirmações simples podem encerrar verdades muito profundas! Basta ler o Evangelho para se convencer disto. Na verdade, as críticas ao PAS não passam de ironias porque no fundo ele é uma simples constatação. Embora, para seus defensores, seja uma constatação muito importante.

A grande discussão acontece em torno do Princípio Antrópico Forte (PAF). À primeira vista ele nem parece ser uma afirmação forte e ao que tudo indica, se encaixa muito bem na visão cristã do universo. Porém, ele comete dois erros graves: inverte a lógica causa-efeito e é um tipo disfarçado de Design Inteligente. Por estes dois erros, eu penso que o PAF não pode ser aceito, tanto por uma perspectiva científica quanto teológica, pois o Design Inteligente não passa de uma espécie de teoria de Deus das Lacunas que subjuga nosso Deus a um mero reparador de uma Criação barata e mal feita. O que, evidentemente, Ele não é!

No primeiro artigo sobre o Princípio Antrópico, iniciei citando o paleontólogo Stephen Jay Gould, me permitam citá-lo novamente para explicar porque o PAF inverte a lógica causa-efeito. Para Gould, o PAF é como dizer que as salsichas de cachorro quente foram feitas finas e longas para se adaptarem ao pão de cachorro quente! 

É verdade, a crítica tem fundamento porque na realidade, é a vida que se adaptou ao universo e não o contrário. Mesmo dentro de uma perspetiva cristã, onde Deus criou o universo e desde sempre quis a vida e o ser humano, é muito limitante dizer que o universo é consequência da vida. Na minha opinião, a visão correta é que Deus, na sua imensa sabedoria e poder, criou o universo e as leis físicas capazes de gerar vida. Mas esta é consequência, e não causa. 

Desta forma, penso eu, elevamos Deus a posição de Criador. Dizem que Einstein defendia que a grande questão era se Deus teve ou não escolha ao criar o universo. Para os cristãos, é evidente que Deus teve escolha. Ele nos escolheu, nos quis! O PAF deixa Deus sem escolha, o que é um absurdo.

Mas inverter a lógica causa-efeito não é o maior problema do PAF e sim o fato dele ser uma forma disfarçada de Design Inteligente. Ou seja, para os defensores do PAF existem leis físicas que só podem ser explicadas por uma questão de finalidade. Dizer que uma lei da natureza é de tal forma porque assim permite que haja vida e os seres humanos é declarar uma enorme falta de capacidade de entender a natureza. Não precisamos usar Deus para explicar a forma das leis da natureza, Ele a criou cognoscível. Para mim, esta é uma das melhores provas da existência de Deus.


FONTE: http://pt.aleteia.org/2016/01/22/principio-antropico-o-universo-podia-ser-diferente/

A SURPRESA DO CRISTÃO QUE QUIS TROCAR SUA CRUZ POR OUTRA MAIS LEVE

Aproveitando a escuridão da noite, pé ante pé, foi até o local em que ficavam depositadas as cruzes dos seus companheiros, e...


Reza uma antiga lenda cristã que um jovem, convertido ao Evangelho, recebeu a sua cruz para seguir pela estrada da Jerusalém Celeste, juntamente com outros peregrinos.

Torturava-o, porém, o peso da cruz que lhe fora confiada. A carga o fatigava tanto que ele se via forçado a descansar de vez em quando, lamentando:

– Má sorte a minha! Deram-me a mais pesada das cruzes!

Movido por um sentimento egoísta, ele resolveu, em umas das paradas, trocar sorrateiramente a cruz por outra mais leve.

Aproveitando a escuridão da noite, pé ante pé, foi até o local em que ficavam depositadas as cruzes dos seus companheiros, e, sopesando-as uma a uma, escolheu a que lhe parecia mais leve, tomando-a para si.

No dia seguinte, reiniciada a viagem, notou que ninguém se dizia prejudicado com a troca.

Foi só então que ele se deu conta de que a cruz que tinha escolhido por ser a mais leve era a mesma que já carregava desde antes.

(Lendas do Céu e da Terra – Malba Tahan)


COMO REDUZIR OS NÍVEIS DE COLESTEROL

Antes de pôr a culpa na sua herança genética, ou entrar em pânico por causa do recente exame de sangue, é importante, primeiramente, lembrar que o colesterol é uma molécula essencial, sem a qual não haveria vida. E, também, que nós temos a capacidade para influenciar os níveis de colesterol no nosso corpo.

O nível de colesterol no nosso organismo é um resultado do processo de criação dessa substância pelo fígado. De fato, cerca de 85% do nosso colesterol é criado pelo fígado. O resto provém de produtos de origem animal, como carne vermelha, frango, peixe, ovos e laticínios.

O corpo é um sistema admirável e, se um organismo saudável cria colesterol, é porque isso é necessário para a nossa saúde.


-Colesterol é usado para produzir esteroides que precisamos.

-Colesterol é usado para produzir hormônios como estrogênio, progesterona e testosterona.
-Colesterol é essencial para a produção de vitamina D.

-A membrana de todas as células do nosso corpo contém colesterol.

Quando há colesterol em excesso

Uma situação em que os níveis de colesterol estejam mais altos do que o normal é preocupante, pois ele pode acumular-se nos vasos sanguíneos e causar doenças coronárias, que podem levar a ataques cardíacos e a acidentes vasculares cerebrais (derrames).

Atualmente, o nível normal de colesterol no corpo é até 200mg.

Os medicamentos comuns para controlar a produção de colesterol em excesso retardam a enzima que faz parte da formação dessa substância no fígado. Portanto, na verdade, nós limitamos a capacidade do nosso próprio corpo de fabricar colesterol. Porém, é possível limitar a criação natural de colesterol sem empregar medicamentos? A nutrição sempre estará na linha de frente quando o assunto é colesterol.

Como podemos reduzir os níveis de colesterol?

-Reduzindo ou eliminando o consumo de alimentos de origem animal, tais como carne vermelha, frango, peixe, ovos, laticínios e especialmente, alimentos ricos em gordura.

-Consumindo fitosterol, que vem dos vegetais. O fitosterol possui uma estrutura química semelhante ao colesterol e, por causa disso, ambos competem para serem absorvidos pelo intestino grosso. Portanto, o seu consumo irá diminuir a  quantidade de colesterol absorvido. Uma boa quantidade seria 1.5 - 2.5gr por dia.

As melhores fontes de fitosterol são: óleo de gergelim e de milho, bem como grãos, nozes e castanhas, sementes, gérmen de trigo, linhaça, amendoim, amêndoas e castanha de caju. Frutas e verduras, como beterraba, couve-de-Bruxelas, couve-flor, cebola, laranja, ervilhas e feijão. Legumes e grãos são boas fontes de proteínas em substituição às comidas gordurosas.

-Ficando longe das gorduras trans, que também podem aparecer como óleo vegetal hidrogenado. Este tipo de gordura não é recomendado de jeito nenhum. Sua presença encontra-se em alimentos processados, tais como margarina, massas folheadas prontas, massas de croissants e bolos e biscoitos industrializados.

MAIS ALGUMAS DICAS…

-O consumo de antioxidantes ajudará a limitar a oxidação do colesterol e também na remoção da substância das paredes das artérias.

TAMBÉM PODE LHE INTERESSAR:

-Consumir fibras solúveis, que são abundantes em produtos com trigo integral, aveia, frutas e verduras. Eles absorvem sais no sistema digestivo, e o organismo usa colesterol para produzir novos sais. Isso diminui a quantidade de colesterol da corrente sanguínea.

-Exercícios diários. Sabemos que não é fácil, mas você nos agradecerá quando, no próximo exame de sangue, os seus níveis de colesterol estiverem dentro dos limites saudáveis. Cuide-se bem.

FONTE: http://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=4393


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

MULHER DEU À LUZ NESTA MADRUGADA PERTO DO VATICANO E FOI ABRIGADA EM NOME DO PAPA FRANCISCO

Em uma das noites mais frias do inverno de Roma, o grito de dor de uma mãe sem teto ecoou na Praça de São Pedro.


O silêncio da noite no Vaticano se rompeu na madrugada desta quarta-feira, 20 de janeiro. Os pedidos de ajuda de uma mulher indigente chegaram aos ouvidos dos policiais que patrulhavam a Praça Pio XII, vizinha à Praça de São Pedro. Eram 2h30 da manhã.

Em poucos minutos, os agentes perceberam que o parto era iminente e, via rádio, pediram que outros colegas trouxessem cobertores e água em garrafas térmicas para prestar assistência emergencial até que chegasse a ambulância.

A mulher, de 36 anos, deu à luz uma menina ali mesmo, em uma rua adjacente à Praça de São Pedro. Os dois policiais a acompanharam até o hospital Santo Espírito, de Roma, onde mãe e filha passam bem.

Dom Konrad Krajewski, esmoleiro da Santa Sé, foi ao hospital nesta manhã para visitar a mulher, de nacionalidade romena. A mãe e filha, ele ofereceu moradia na residência das freiras da Madre Teresa em Primavalle, arredores de Roma. Ali, elas contarão no mínimo durante um ano com a ajuda necessária para reconstruir a vida.

A Esmolaria Apostólica, pela qual dom Konrad é responsável, é o departamento vaticano encarregado de gerir as obras de caridade realizadas em nome do Sumo Pontífice.


FONTE: http://pt.aleteia.org/2016/01/20/mulher-deu-a-luz-nesta-madrugada-perto-do-vaticano-e-foi-abrigada-em-nome-do-papa-francisco/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=topnews_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt-