Entenda esta maravilhosa
tradição da Igreja
Uma vez aceita a eleição
como Papa pelo cardeal que reúne a maior quantidade de votos no conclave, o
cardeal decano sempre lhe pergunta como ele quer ser chamado (“Quomodo vis
vocari?”).
A escolha do novo nome por
parte do Santo Padre pode estar motivada por vários aspectos, como, por
exemplo, honrar algum dos seus predecessores – como no caso de João Paulo II.
Mas esta é uma tradição que,
ainda que antiga, nem sempre existiu. Até o ano 532, todos os sucessores de São
Pedro usaram seus nomes de Batismo. Além do nome, indicava-se sua procedência:
Anacleto Romano, Evaristo o Grego, Lino de Tuscia etc.).
Em 31 de dezembro de 532, o
homem eleito papa se chamava Mercúrio “o romano”. Mercúrio era um nome
claramente pagão (é o nome romano do deus grego Hermes), razão pela qual o novo
pontífice trocou de nome e se chamou João II, em honra do seu predecessor, João
I, um mártir.
A partir desse momento,
muitos dos seus sucessores o imitaram e começaram a trocar o nome de Batismo
pelo dos Apóstolos, mártires ou outros papas. Desde então, apenas dois papas
mantiveram seu nome de Batismo: Adriano VI e Marcelo II.
Até hoje, os nomes mais
usados foram João (23), Gregório (16), Bento (16), Clemente (14), Inocêncio
(13), Leão (13) e Pio (12).
Na Bíblia, encontramos algo
muito significativo: cada vez que Deus troca o nome de uma pessoa, é por uma
razão poderosa: o nome corresponde à sua nova identidade, missão ou ministério.
Temos o exemplo de Abrão,
que foi chamado por Deus de Abraão, “pai das nações”, porque Deus lhe prometeu
que o seria.
No próprio Gênesis, vemos
Sarai receber o nome de Sara, como mãe das nações e rainha, porque ela seria
mãe de reis.
Jesus também chamou Simão de
Pedro, porque “sobre esta Pedra construirei a minha Igreja”.
Por tudo isso, entende-se o fato
de os papas trocarem de nome ao assumirem uma nova missão: a de tornar-se
cabeça visível da Igreja.
Este costume é uma
demonstração a mais de como a Igreja é continuadora e intérprete fiel do Antigo
e do Novo Testamentos, bem como da Tradição.
FONTE: http://pt.aleteia.org/2016/01/05/por-que-os-papas-trocam-de-nome-ao-serem-eleitos/
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